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O presidente Barack Obama e seu rival republicano Mitt Romney se enfrentam no último debate na disputa pela Casa Branca, num momento em que as pesquisas mostram os candidatos lado a lado a duas semanas das eleições de 6 de novembro.

O duelo de 90 minutos, focado em política externa, acontece na noite desta segunda-feira (22) no estado da Flórida (sudeste), um dos mais disputados.

A poucas horas do debate, o terceiro entre os candidatos à presidência, uma pesquisa da NBC/Wall Street Journal mostrou que tanto Obama quanto Romney têm 47% das intenções de voto entre as pessoas dispostas a comparecer às urnas.

"Este debate será de grande importância", disse Dan Gelber, um ex-senador de Miami Beach, Flórida, que trabalha para a campanha de Obama.

"Temos aqui muitas comunidades para as quais é importante a política externa, especialmente no sul da Flórida, onde há comunidades judaicas, cubanas, haitianas e hispânicas", disse Gelber.

A Latino Decisions, uma empresa que vem realizando uma pesquisa semanal entre hispânicos em nível nacional desde setembro, confirmou a grande tendência em favor de Obama.

Em meio a essa parcela da população, 71% votariam no presidente democrata, contra 20% que optariam por Romney.

Os candidatos certamente discutirão a segurança na Líbia, como conter as aspirações nucleares do Irã, a guerra civil na Síria, o fim da guerra no Afeganistão e o avanço da China.

Mas também, diante do cenário, poderão abordar temas relacionados à América Latina, como a política para Cuba ou o comércio.

Esta será a melhor oportunidade para Romney, ex-governador de Massachusetts, de se recuperar depois de passos em falso na política externa, como quando criticou a gestão de Obama no ataque do dia 11 de setembro contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, no qual morreram quatro americanos, entre eles o embaixador.

Romney, um empresário que se mostra mais confortável falando de economia, insistirá que o ataque na Líbia e a recente violência antiamericana no Oriente Médio são sinais de que a política externa de Obama está "desmoronado diante de nossos olhos".

Mas Obama também precisa ser cauteloso: segundo uma pesquisa do instituto Pew Research Center, o presidente tem quatro pontos de vantagem em relação ao republicano em política externa, uma distância muito menor que os 15 pontos de um mês atrás.

A missão de Obama será lembrar aos americanos seus êxitos, como ter encerrado a impopular guerra no Iraque ou ter matado Osama Bin Laden, enquanto tentará mostrar Romney como uma pessoa sem experiência.O peso da economia

Mas o debate certamente abordará a economia, a principal preocupação dos americanos.

"Acredito que o melhor que podemos fazer como país quanto à política externa é reforçar nossa economia", opinou no domingo o prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, que foi chefe de gabinete de Obama.

Romney insistiu que uma economia robusta em nível local projeta, por sua vez, uma liderança internacional forte.

Além do ataque ao consulado na Líbia, o outro tema que provavelmente dominará o debate será o programa nuclear do Irã.

Romney acusou Obama de ter uma postura fraca em relação a Teerã, o que, para ele, encorajou a república islâmica.

Mas, a poucas horas do debate, Obama conquistou uma importante vitória nesta segunda-feira, ao receber o apoio do jornal Los Angeles Times, que afirmou que o presidente mostrou uma "liderança firme" que o faria merecedor de um segundo mandato.

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