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Empresários propõem volta de Zelaya com poder limitado

Chefe das Forças Armadas de Honduras afirma que apoia o diálogo, mas se nega a dizer se os militares aceitariam o retorno do presidente deposto

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Tegucigalpa - Expondo, pela primeira vez desde o golpe de 28 de junho, a divisão no governo de fato, empresários hondurenhos apresentaram ontem uma proposta para restituir Manuel Zelaya ao cargo, com poderes limitados, como prevê o Acordo de San José – proposto pe­­lo presidente costa-riquenho, Ós­­car Arias. Mas Zelaya teria de responder aos 18 processos que acumula na Justiça. Segundo o em­­­­pre­­sário Adolfo Facussé, o presidente interino, Roberto Mi­­che­­letti, re­­tornaria à Câmara dos De­­putados, como parlamentar vitalício.

A proposta contempla ainda o envio de uma força militar ou policial – por parte de Canadá, Panamá e Colômbia – para ga­­ran­­tir o cumprimento do acordo. Essa saída, explicou Facussé, im­­pediria que o país acabasse tutelado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Essa foi uma das propostas de­­batidas em uma reunião na tarde de ontem entre empresários e o embaixador dos Estados Unidos em Tegucigalpa, Hugo Llorens. Ele apoiou a adoção do Acordo de San José, com a ressalva de que seu país não está "inclinado" à posição de Zelaya.

Segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto de Honduras, ge­­neral Romeo Vásquez Velásquez, as Forças Armadas apoiam o diálogo para a solução da crise, mas se negou a dizer se os militares aceitariam Zelaya de volta à presidência.

A fórmula empresarial, entretanto, não parece agradar às For­­ças Armadas, que são hoje o principal pilar do governo de fato. O general assegurou que os militares se mantêm fiéis à Constituição e à sociedade e não foram os ar­­ti­­culadores do golpe. "Se tivesse par­­­­tido das Forças Armadas, eu seria o chefe de Estado."

Exceção

Em outro sinal de recuo, o governo de fato de Honduras avisou a Or­­ganização dos Estados Ame­­ri­­ca­­nos (OEA) que deverá suspender nos próximos dias o decreto de sábado que instaurou o estado de sítio. O mesmo compromisso foi enviado a Arias, um dos me­­dia­­dores da crise hondurenha.

A emissão do decreto – que permitiu o fechamento de meios de comunicação e impediu manifestações favoráveis à restituição ao poder de Zelaya – desencadeou críticas até mesmo entre aliados do governo de fato.

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