Istambul Um dos mais populares primeiros-ministros da história recente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan é também uma das figuras políticas que mais provocam polêmica no país. Fervoroso muçulmano numa nação em que as leis são radicalmente seculares, ele tem um histórico de enfrentamento com o Poder Judiciário, e desperta também a desconfiança do setor militar.
A primeira grande controvérsia de sua trajetória política ocorreu em 1995, quando ele condenou as comemorações do Ano Novo, argumentando que eram um hábito adotado por secularistas e que não eram um motivo legítimo de celebração para ele.
Semanas depois, provocaria reações ainda mais exaltadas ao redor do país ao afirmar que cumprimentar pessoas do sexo oposto com um aperto de mãos era um hábito social.
Em 1997, o seu partido RP foi banido por "ameaçar a natureza secular do Estado".
Em 2001, ele liderou a fundação de um novo partido, reunindo setores conservadores e moderados do RP: o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), que chegaria ao poder já no ano seguinte. Erdogan se tornaria então o primeiro-ministro. Ao longo de sua gestão, fez reformas econômicas e se aproximou da União Européia.
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