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China e EUA disputam no mercado global de tecnologia avançada nos últimos anos
China e EUA disputam no mercado global de tecnologia avançada nos últimos anos| Foto: EFE/EPA/MARK R. CRISTINO

Um engenheiro de software chinês foi preso nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6), sob acusação de roubar mais de 500 dados confidenciais sobre uma inteligência artificial do Vale do Silício para fundar seu próprio negócio em Pequim.

O homem foi indiciado na Califórnia em quatro acusações. Se condenado, ele poderá pegar até 10 anos de prisão e pagar multas de até US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão) em cada sentença.

Segundo a imprensa americana, o suspeito foi contratado em 2019 pelo Google para desenvolver o software da IA da empresa. Ele obteve acesso à infraestrutura dos centros de dados de supercomputação usados ​​para hospedar e treinar os modelos de inteligência artificial.

As investigações apontam que o engenheiro supostamente começou a enviar informações armazenadas na rede de dados para uma conta pessoal em 2022. Esses carregamentos continuaram sendo feitos pelo período de um ano.

Enquanto realizava esse processo criminoso, ele permaneceu por vários meses na China trabalhando em uma empresa de tecnologia local. Segundo a acusação, ele teria recebido cerca de US$ 14.800 (R$ 73 mil) por mês para ser o diretor de Tecnologia de um negócio em Pequim.

Depois disso, o engenheiro teria fundado sua própria empresa de tecnologia de aprendizado de IAs, na qual se tornou CEO. Segundo as investigações, o acusado teria, inclusive, apresentado seu "projeto" em uma conferência de investidores na China, no final de 2023.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, afirmou em um comunicado que o engenheiro estava tentando enriquecer trabalhando secretamente para empresas e “buscando uma vantagem na corrida da nova tecnologia”.

Ele acrescentou que “o Departamento de Justiça não tolerará o roubo de inteligência artificial e outras tecnologias avançadas que possam colocar em risco" a segurança do país.

O diretor do FBI, Christopher Wray, também se manifestou no caso, afirmando que as supostas ações “são a mais recente ilustração de até onde” a China pode ir para roubar a inovação americana. Os dois países são grandes concorrentes no mercado global de tecnologias envolvendo inteligência artificial.

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