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Conflito

Enviada da ONU chega à capital da Síria

Angela Kane negociará termos de investigação de suposto uso de armas químicas em um ataque deixou mais de mil mortos em Damasco

Angela Kane não deu declarações em sua chegada ontem a Damasco | Khaled al-Hariri/Reuters
Angela Kane não deu declarações em sua chegada ontem a Damasco (Foto: Khaled al-Hariri/Reuters)

A alta representante da ONU para o desarmamento, Angela Kane, chegou ontem a Damasco para negociar os termos de uma investigação sobre as acusações de uso de armas químicas.

A responsável da ONU não deu declarações em sua chegada a um hotel de Damasco. Kane pedirá ao governo sírio autorização para que os especialistas da ONU que se encontram no país possam investigar os ataques da última quarta-feira nos subúrbios de Damasco, que, segundo a oposição, foram efetuados com armas químicas pelo o regime de Bashar Assad.

Na quarta-feira, foi lançada uma ofensiva em Ghuta oriental e em Muadamiyat al Sham, áreas no poder dos rebeldes na periferia de Damasco. A oposição afirma que o ataque provocou 1,3 mil mortes e acusou o regime de tê-lo cometido com gases tóxicos.

"Tudo indica que o regime sírio de Bashar Assad perpetrou um ataque químico esta semana próximo a Damasco", declarou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, em visita à cidade de Ramallah, na Cisjordânia.

Versão

Ontem, o governo de Assad veiculou acusações de que seriam os rebeldes os responsáveis pelo uso de artefatos químicos nos combates. A televisão pública do país mostrou vários casos de "asfixia" entre os soldados que entraram em Khobar, um bairro periférico de Damasco.

O Irã, principal aliado regional do regime sírio, demonstrou apoio à esta versão. "Há provas de que os grupos terroristas realizaram essa operação. Estamos muito preocupados com as informações sobre o uso de armas químicas na Síria e condenamos duramente o uso dessas armas", declarou Abas Araghchi, porta-voz da diplomacia iraniana.

O presidente Barack Obama se reuniu ontem com seus principais assessores de segurança nacional para discutir uma resposta a alegada utilização de armas químicas da Síria, disse um funcionário da Casa Branca.

"O presidente orientou a comunidade de inteligência para reunir fatos e provas, para que possamos determinar o que ocorreu na Síria. Uma vez que os fatos tenham sido apurados, o presidente vai informar sobre sua decisão", disse o funcionário.

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