Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Diplomacia

Enviado chinês à Síria pede fim da violência e manifesta apoio ao país

Ele também apoiou o referendo constitucional previsto para o dia 26 de fevereiro, que depois conduzirá a realização de eleições legislativas

O vice-ministro de Relações Exteriores chinês, Zhai Jun, afirmou neste sábado (18) em Damasco, depois de se reunir com o presidente da Síria, Bashar al Assad, que Pequim sempre apoiará os interesses do povo sírio e pediu ao Governo e a oposição que detenham a violência.

"A postura prática da China parte do interesse do povo sírio", destacou Zhai, que chegou na sexta-feira a Damasco para aumentar os esforços diplomáticos de seu país a fim de cessar a violência na Síria, duas semanas após ter impedido a condenação do regime no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Além disso, o enviado chinês pediu "ao Governo, à oposição e aos grupos terroristas" que detenham imediatamente os atos de violência, segundo a televisão estatal síria.

Ele também apoiou o referendo constitucional previsto para o dia 26 de fevereiro, que depois conduzirá a realização de eleições legislativas.

Zhai considerou que esta iniciativa do regime de Al Assad serve para resolver a crise no país e confiou em que seja realizada de forma "contínua". Além disso, ele apostou pela "recuperação da estabilidade" em benefício do povo sírio.

Já Al Assad disse após a reunião que a "Síria continuará com a reforma política de acordo com um plano claro e calendário definidos".

O enviado especial do Governo chinês se reunirá durante seus dois dias de permanência no país com responsáveis sírios com o objetivo de contribuir com a mediação do conflito, depois que no dia 4 de fevereiro a China vetou junto com a Rússia uma resolução de condenação contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU.

A potência asiática também votou esta semana contra de uma resolução finalmente aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas, principal órgão representativo no qual não existe direito de veto e com resoluções não vinculativas.

Este documento apoia a proposta da Liga Árabe que exige que Al Assad delegue seus poderes ao vice-presidente e forme um Governo de união nacional, entre outros pontos.

Durante os contatos prévios a esta visita, Pequim afirmou que seu representante falou com membros da oposição interna ao regime de Al Assad.

Mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão governamental na síria desde que explodiram os protestos em março de 2011, segundo a ONU, que deixou de atualizar o número por causa da dificuldade para obter informações, enquanto as autoridades sírias acusam supostos grupos terroristas pela responsabilidade da violência no país.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.