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Vítimas da cólera: doença poderia ter sido controlada antes de epidemia | Desmond Kwande/AFP
Vítimas da cólera: doença poderia ter sido controlada antes de epidemia| Foto: Desmond Kwande/AFP

Harare - A cólera matou ao menos 2.700 e já atingiu mais de 50 mil no Zimbábue, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgados ontem. A ONU critica a falta de ação do governo, acusando-o de permitir que a doença se espalhe pela empobrecida população do país.

As chances de combater de maneira efetiva a cólera – doença que pode ser facilmente prevenida com condições sanitárias adequadas – são poucas diante do colapso econômico do país e da falta de um acordo entre governo e oposição por um governo de coalizão.

As agências da ONU e as entidades humanitárias denunciaram que a epidemia de cólera no Zimbábue continua sem controle. "A epidemia continua crescendo, é a pior dos últimos anos, e o aspecto negativo é que estamos diante do pior cenário’’, afirmou o médico Tammam Aloudat, responsável pelas campanhas de saúde da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

Segundo as informações dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ontem, já foram registrados 50.003 casos da doença e 2.773 mortes. "Os mais paradoxal é que o cólera é uma doença que pode ser controlada, por isto não se deveria ter chegado a esta situação’’, lamentou Alouat.

O ditador Robert Mugabe, no poder desde 1980, e o líder do opositor Movimento pela Mudança democrática (MDC), Morgan Tsvangirai, ainda não entraram em consenso sobre a divisão de poder acordada oficialmente em setembro do ano passado.

A definição do novo governo, no qual Tsvangirai assume como primeiro-ministro e Mugabe fica como presidente, depende das disputas pelos 31 postos ministeriais. O MDC acusa Mugabe e seu partido, o ZANU-PF, de tentar arrebatar todos os principais cargos.

O Zimbábue está ainda em meio a uma crise econômica desde que Mugabe realizou, em 2000, uma reforma agrária que destruiu a indústria agropecuária do país.

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