O governo do Equador confirmou nesta segunda-feira (17) que poderá permitir o uso da ilha de San Cristobal, no arquipélago de Galápagos, ao governo dos Estados Unidos para tráfego aéreo.
O objetivo seria reforçar a fiscalização do tráfico de drogas na região, que segundo afirmação feita na semana passada pelo ministro da Defesa do país, Oswaldo Jarrin, serve de rota naval para transportar carga ilícita.
Ele negou, porém, que o acordo envolva instalar uma base aérea dos EUA em Galápagos. Ele garantiu que o uso do aeroporto de San Cristobal seria feito ocasionalmente pelas aeronaves americanas. "Será um avião uma vez por mês, no máximo durante três dias (...) para emergência ou reabastecimento", afirmou.
A proposta de ampliação do aeroporto, que seria custeada integralmente pelo governo dos EUA, seria necessária para comportar os aviões militares utilizados, como o Orion P3. Desde o ano passado, aeronaves como P3 e Awac realizam voos para patrulhar o mar equatoriano, tendo como centro de operações Guayaquil.
Críticas
A iniciativa foi alvo de críticas, tanto no âmbito político quanto na área ambiental. Cerca de 30 pessoas protestaram nesta segunda-feira em frente ao principal edifício do governo federal, contra os riscos ambientais que um aeroporto de grande porte, com fluxo aumentado, poderia causar na ilha. O arquipélago, composto por 13 ilhas principais, foi nomeado Patrimônio Mundial pela Unesco e serve de base para estudos sobre fauna e flora, devido à diversidade de espécies que abriga.
Críticas também são feitas a possíveis ameaças à soberania nacional do Equador, caso o acordo entre em vigor.
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