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O presidente do Equador, Daniel Noboa, apresentará novas regras do Estado durante a crise, na noite desta segunda (22)
O presidente do Equador, Daniel Noboa, apresentará novas regras do Estado durante a crise, na noite desta segunda (22)| Foto: EFE/ José Jácome

O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta segunda-feira (22) que aplicará mudanças no toque de recolher que está em vigor no país desde 8 de janeiro devido à crise de segurança desencadeada por grupos criminosos classificados como terroristas.

Noboa disse em entrevista à emissora de televisão Teleamazonas que anunciará as alterações nesta noite, nas quais as diferentes regiões do país receberão horários de toque de recolher e regulamentações distintos.

A intenção é sustentar a reativação da economia, uma vez que, caso contrário, não só irá desferir “um golpe” no turismo, segundo o presidente equatoriano, mas também no pequeno empresário, no empreendedor e na economia em geral. “Também não podemos permitir que esses grupos narcoterroristas destruam a nossa forma de viver e o nosso trabalho diário”, afirmou.

Noboa decretou estado de exceção, com toque de recolher entre 23h e 5h, em um momento em que ocorriam uma série de ataques enquanto as forças de segurança tentavam localizar Adolfo Macías 'Fito', líder da quadrilha criminosa Los Choneros, para transferi-lo a uma prisão de segurança máxima.

As buscas começaram no domingo, dia 7 de janeiro, quando descobriram que o prisioneiro, um dos mais perigosos do país, havia fugido.

De acordo com o decreto, o estado de emergência terá duração de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. “Acho que sim, a partir de hoje, pelo que vejo, teremos que estender mais esses 30 dias. O trabalho das Forças Armadas e da polícia está funcionando e estamos desferindo duros golpes nesses grupos narcoterroristas”, disse o mandatário equatoriano. “Não podemos descansar e não podemos acreditar que isto se resolva em duas semanas. Devemos continuar lutando”, completou.

Segundo relatórios oficiais, as operações de segurança detiveram 2.763 pessoas durante os primeiros 13 dias da declaração do governo de um conflito armado interno contra o crime organizado, das quais 158 foram presas sob a acusação de terrorismo.

Entre 9 e 21 de janeiro, as autoridades afirmam ter matado cinco supostos membros dessas gangues hoje classificadas como terroristas, enquanto dois policiais foram assassinados e outros 11 foram libertados de diversos sequestros aparentemente realizados por essas máfias.

Nesse período, foram apreendidas 1.003 armas de fogo, 1.222 armas brancas, 126 alimentadores de armas, mais de 35.700 balas e 4.802 explosivos.

As agências policiais equatorianas também apreenderam mais de 10 toneladas de drogas e mais de US$ 23.100 (R$ 114,4 mil) em dinheiro.

Segundo o governo, a média diária de mortes violentas caiu de 28 para 6 devido às ações tomadas em matéria de segurança. No trabalho para melhorar a segurança, Noboa acredita que a entidade responsável pelas prisões (SNAI) deve ser reformada completamente e que deve haver uma presença permanente dos militares no sistema penitenciário.

Os militares estão encarregados da segurança do país desde 9 de janeiro, quando o governo declarou um conflito armado interno contra o crime e identificou 22 grupos criminosos como terroristas. (Com Agência EFE)

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