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Após votar em uma escola na capital, Correa pediu aos equatorianos que fossem às urnas | REUTERS/Guillermo Granja
Após votar em uma escola na capital, Correa pediu aos equatorianos que fossem às urnas| Foto: REUTERS/Guillermo Granja

O presidente do Equador, Rafael Correa, busca um novo mandato neste domingo numa eleição em que chega como favorito para estender sua "revolução cidadã" de viés socialista.

Num dia nublado na capital, Quito, os eleitores compareciam aos centros eleitorais para exercer seu voto, que é obrigatório para todas as pessoas entre 18 e 65 anos de idade.

Após votar em uma escola na capital, Correa pediu aos equatorianos que fossem às urnas. "O cidadão tem em suas mãos o futuro, portanto tem de exercer o direito ao voto com absoluta responsabilidade", disse a jornalistas.

As últimas pesquisas mostraram que Correa lidera as intenções de voto com mais de 35 pontos à frente do seu rival mais próximo, o que o permitiria obter a vitória no primeiro turno.

A eleição, que se desenrolava sem maiores inconvenientes no país andino, é vista como um referendo sobre a popularidade do único presidente que completou um mandato presidencial no Equador nos últimos 20 anos, em um país repetidamente golpeado por crises econômicas e políticas.

O presidente também quer ganhar a maioria na Assembleia Nacional com 137 assentos, que perdeu após antigos aliados passarem para a oposição. Isso lhe permitiria aprovar com facilidade novas reformas para consolidar sua agenda socialista.

As pesquisas apontam que Correa pode conquistar mais de 60 por cento dos votos por conta de reformas trabalhos de infraestrutura muito difundidos.

O agricultor de 60 anos de idade Pablo Meneses, que votou em Quito, afirmou: "Espero que continue como estamos. Votei em Correa porque parece que o processo deste governo está bem, o país está progredindo".

Mas nem todos estavam de acordo com o presidente.

"Do próximo governo, espero que haja trabalho e segurança. (...) Votei a favor (do candidato de oposição, Guillermo) Lasso porque ele oferece trabalho, impostos mais moderados e segurança, é isso que quer o povo", disse o administrador de empresas de 58 anos Marco Apolo na capital equatoriana.

Oposição

O principal rival de Correa é o conservador Guillermo Lasso, um ex-banqueiro novo na política, que reúne o voto de rechaço de alguns setores descontentes com o presidente.

Mas as pesquisas lhe dão uma intenção de voto em torno de 15 por cento.

"Esta é uma jornada cívica e democrática que convoca a unidade de todos os equatorianos a favor do progresso e do desenvolvimento do Equador", disse Lasso antes de votar na cidade portuária de Guayaquil.

Lasso, cuja campanha se construiu sobre promessas de menores impostos, mais emprego e incentivos ao investimento privado, acrescentou que esperará "uma tendência que estatisticamente marque definições" do organismo estatal para pronunciar-se sobre os resultados.

Uma vitória de Correa ajudaria a fortalecer a liderança de chefes de Estado socialistas na região, como o boliviano Evo Morales e o uruguaio José Mujica, ante a ausência do venezuelano Hugo Chávez, o habitual ícone da esquerda latino-americana que está hospitalizado em Cuba há mais de dois meses lutando contra o câncer.

"Faz falta que continue consolidando a revolução na América Latina, e particularmente no Equador", disse o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, na sexta-feira ao canal de televisão Telesur.

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