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Boatos de que o presidente eleito voltaria atrás na promessa de campanha surgiram após a imprensa argentina confirmar nomes da equipe econômica do futuro governo
Boatos de que o presidente eleito voltaria atrás na promessa de campanha surgiram após a imprensa argentina confirmar nomes da equipe econômica do futuro governo| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

A meta de fechar o Banco Central da Argentina “não é negociável”, afirmou nesta sexta-feira (24) o gabinete do presidente eleito, Javier Milei, em meio a uma onda de boatos sobre o perfil de sua equipe econômica.

“Diante dos falsos rumores que têm sido espalhados, queremos esclarecer que o fechamento do Banco Central da República Argentina (BCRA) não é uma questão negociável”, disse o gabinete de Milei em comunicado divulgado na rede social X (ex-Twitter), como vem fazendo diariamente desde segunda-feira (20), dia seguinte às eleições.

A nota enfatiza que “a única informação oficial sobre o futuro governo, liderado por Javier Milei, é a publicada por este meio”.

Os boatos de que o libertário voltaria atrás na sua promessa de campanha de fechar a instituição surgiram devido à informação, confirmada pela imprensa argentina, de que Luis “Toto” Caputo e Demián Reidel serão, respectivamente, ministro da Economia e presidente do BCRA na gestão Milei.

O economista libertário Emilio Ocampo, defensor da dolarização da economia e do fim do Banco Central, recusou o convite para assumir o BCRA (a princípio, se noticiou que ele havia sido preterido), segundo informação do Clarín, o que alimentou os rumores.

Ocampo e Caputo têm visões diferentes sobre os rumos da política econômica: o novo ministro da Economia, por exemplo, se opõe à dolarização, assim como outros nomes do entorno do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), que forjou uma aliança política com Milei.

Caputo é economista e foi secretário e ministro das Finanças e presidente do Banco Central durante o governo Macri.

Nesse cenário, Carlos Rodríguez, um dos principais assessores econômicos de Milei, encerrou nesta sexta-feira seu trabalho na coalizão do presidente eleito, A Liberdade Avança, para poder “expressar sua opinião livremente”, sem que suas “ideias tenham que ser associadas a um partido político ou a uma pessoa”.

“Eu já havia tomado a decisão há algum tempo. Hoje é o melhor momento, já que Javier nomeou o ministro da Economia e o presidente do Banco Central mudou. Agora a casa está em ordem”, comentou o economista nas redes sociais. (Com Agência EFE)

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