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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, mostrou disposição da Turquia se unir à coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI), ao considerar necessário lançar uma operação terrestre, segundo publicam neste sábado (27) meios de comunicação que o acompanhavam no avião presidencial em seu retorno de Nova York.

Erdogan, que voltava para Istambul após participar da Assembleia Geral da ONU, assegurou que "não se pode acabar com uma organização terrorista só com ataques aéreos. É essencial uma operação terrestre? Não sou um soldado, mas o terreno é essencial".

Confirmando a participação do país em uma operação terrestre se o parlamento turco aprovar o envio de tropas, possivelmente em 2 de outubro, Erdogan disse que a Turquia e alguns países da coalizão já estão estudando uma operação no terreno.

"A repartição de tarefas está sendo negociado", admitiu Erdogan.

Após as reuniões de Jidá, os "Estados Unidos e alguns países árabes estão realizando ataques aéreos. Estes ataques facilitaram as coisas para o Exército Sírio de Libertação (ESL). A operação terrestre está sendo dirigida pelo ESL, mas a fase seguinte será diferente", declarou o presidente turco.

Erdogan apontou para a necessidade de estabelecer uma zona de segurança controlada pela coalizão dentro da Síria, acompanhada por um espaço aéreo que não se possa sobrevoar.

"A coordenação para isso está sendo efetuada agora. No Conselho de Segurança das Nações Unidas discutimos sobre o EI, certamente. Rússia e China estão de acordo conosco. Alguns disseram que não", declarou.

O presidente turco estimou que "não pode haver um resultado permanente em lugares onde não chegam forças terrestre".

A Turquia mudou sua postura com relação a se envolver em uma operação militar internacional contra o EI desde a libertação, em 20 de setembro, dos reféns turcos que estiveram quase três meses em mãos do grupo jihadista.

"A Turquia fará o necessário no que envolve sua parte de responsabilidade. Dizer que a Turquia nunca tomará uma posição militar é errôneo. Protegerão outros países nossas fronteiras? Não, nós mesmos protegeremos nossas fronteiras", concluiu Erdogan.

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