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Cidade de Gaza – A violência entre israelenses e palestinos teve uma perigosa escalada ontem. Ataques aéreos israelenses mataram pelo menos cinco palestinos na Faixa de Gaza e indicam que líderes políticos do Hamas poderão ser o próximo alvo. Um foguete disparado de Gaza matou uma mulher israelense na cidade de Sderot. Foi a primeira vítima israelense de um foguete palestino desde novembro do ano passado e outras duas pessoas ficaram feridas no ataque. Já as vítimas fatais em Gaza elevam a quase 40 o número de palestinos mortos em quase uma semana de bombardeios.

O foguete palestino caiu em Sderot enquanto a ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni, encontrava-se na cidade com o comissário europeu de política exterior, Javier Solana. David Baker, um oficial israelense que estava em Sderot para o encontro, disse que seu país "não tolerará esse tipo de terror." Segundo ele, Israel "está totalmente determinado e preparado para tomar as medidas necessárias e levar a um final os ataques de foguetes Qassam." Segundo os militares israelenses, os grupos palestinos dispararam 18 foguetes contra Israel ontem.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, pediu que mediadores internacionais pressionem Israel a parar com os bombardeios. Ele também pediu ao Hamas que não lance mais foguetes sobre Israel.

No incidente com mais vítimas em Gaza, um avião de combate israelense atacou ontem um carro que trafegava pelo norte da Faixa de Gaza, provocando a morte de quatro militantes palestinos, informaram fontes médicas e nos serviços de segurança da Autoridade Palestina (AP).

A Jihad Islâmica, um grupo militante que promoveu diversos disparos de foguete contra Israel recentemente, confirmou que as quatro pessoas mortas no ataque pertenciam a seus quadros.

O Exército israelense afirmou ter promovido um bombardeio contra um grupo de militantes da Jihad Islâmica no campo de refugiados de Jebaliya, no norte de Gaza. Mais cedo, outros ataques israelenses resultaram na morte de um ativista do Hamas e na destruição de supostas fábricas de armas, informou o Exército.

Ao mesmo tempo em que Israel intensifica sua campanha militar contra Gaza, parecia consolidar-se uma trégua entre as facções Hamas e Fatah depois de sangrentos episódios de violência interna ao longo da semana passada. O sentimento nas ruas de Gaza é de que a retaliação israelense aos disparos de foguetes uniu as facções rivais no combate a um inimigo comum.

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