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O ministro das Infraestruturas de Portugal, João Galamba, renunciou na esteira do escândalo que levou o primeiro-ministro António Costa (foto) a comunicar sua saída na semana passada
O ministro das Infraestruturas de Portugal, João Galamba, renunciou na esteira do escândalo que levou o primeiro-ministro António Costa (foto) a comunicar sua saída na semana passada| Foto: EFE/EPA/TIAGO PETINGA

O ministro das Infraestruturas de Portugal, João Galamba, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (13), após ser declarado pelo Ministério Público (MP) como um dos suspeitos no caso de corrupção que levou à renúncia do chefe de governo, António Costa, na semana passada.

“Apresentei este pedido de demissão após profunda reflexão pessoal e familiar, e porque considero, como pai e marido, que esta decisão é a única possível para garantir a tranquilidade e a discrição às quais minha família tem inequivocamente direito”, disse Galamba em comunicado.

Galamba é um dos nove arguidos (suspeitos formais, passo prévio à acusação) no caso de corrupção, tráfico de influência e prevaricação em projetos relacionados a lítio, hidrogênio e um centro de dados, caso esse que atingiu Costa.

Em sua declaração, Galamba, ministro das Infraestruturas desde janeiro, explicou que está deixando seu cargo, apesar de “entender que as condições políticas não foram esgotadas” para o exercício de suas funções.

Antes de comandar a pasta, Galamba tinha sido secretário de Energia no primeiro governo de Costa (2015-2019), secretário de Estado Adjunto e de Energia (2019-2022) e secretário de Meio Ambiente até janeiro de 2023.

Galamba explicou na nota que, quando era secretário de Estado de Energia, trabalhou em “total consonância” com as prioridades da União Europeia e do governo na transição energética, que sempre considerou como um desafio ao país para o “desenvolvimento tecnológico, industrial e para uma maior independência energética”.

O ministro ressaltou que foi nesse contexto que se empenhou em “garantir as condições para matérias-primas críticas, como o lítio, e o estabelecimento no país de toda a cadeia de valor das baterias, incluindo uma refinaria de lítio, para trazer novos investimentos, tecnologia e empregos altamente qualificados”.

Ele enfatizou que, como ministro das Infraestruturas, se concentrou no desenvolvimento das “vantagens competitivas” de Portugal na digitalização, descarbonização e industrialização de seus portos comerciais para se tornar um centro competitivo “para conectividade, armazenamento e processamento de dados”.

A investigação do MP se concentra em concessões de mineração de lítio nas minas de Romano e Barroso, um projeto para a construção de um centro de dados, desenvolvido pela empresa Start Campus, e outro para uma usina de produção de energia com hidrogênio, ambos em Sines.

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