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O primeiro-ministro escocês Alex Salmond (à esq.) e o primeiro-ministro britânico David Cameron  firmam o pacto para o referendo da independência da Escócia | AFP Photo/Gordon Terris/Compartilhamento
O primeiro-ministro escocês Alex Salmond (à esq.) e o primeiro-ministro britânico David Cameron firmam o pacto para o referendo da independência da Escócia| Foto: AFP Photo/Gordon Terris/Compartilhamento

A Escócia acertou nesta segunda-feira (15) os termos para um referendo histórico sobre a independência, depois de seu líder assinar um acordo com a Grã-Bretanha finalizando os arranjos para a votação, que pode levar ao fim de uma união de três séculos com a Inglaterra.

A iniciativa da Escócia por soberania, comandado pelo líder nacionalista Alex Salmond, ecoa movimentos separatistas de outras regiões da Europa, como a Catalunha e Flandres, no momento em que a União Europeia (UE) abalada pela crise está passando por mudanças profundas em sua identidade.

Assinado na capital escocesa de Edimburgo, o acordo vai permitir que a Escócia decida em um referendo, em 2014, se deve tornar-se um país independente ou permanecer no Reino Unido.

Nacionalistas estipularam a época do pleito para coincidir com o 700º aniversário da Batalha de Bannockburn, quando forças escocesas lideradas por Robert the Bruce derrotaram invasores ingleses.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, opõe-se à pressão da Escócia, argumentando que a Grã-Bretanha é mais forte unida. Mas o governo britânico concorda que cabe à Escócia decidir seu futuro em uma votação.

"Há muitas coisas que eu quero (o governo) alcançar, mas o que poderia ser mais importante do que salvar o nosso Reino Unido?", afirmou Cameron em um discurso na semana passada. "Vamos assumir: estamos melhor juntos e vamos crescer juntos."

Segundo Salmond, o acordo verá a Escócia dar um passo importante para a independência. "E os meios para criar uma Escócia mais justa e próspera", disse Salmond antes da reunião.

"Estou ansioso para trabalhar positivamente para um voto favorável em 2014."

A Escócia já possui muitas das armadilhas para uma nação tornar-se independente, como a sua própria bandeira, sistema legal, equipes esportivas, bem como uma identidade nacional específica, após séculos de rivalidade com seu vizinho do sul.

O governo britânico defende que uma Escócia independente - lar de cerca de 5 milhões de pessoas - teria dificuldades para lidar com as finanças, uma vez que a maior parte do financiamento atual vem de uma concessão de 30 bilhões de libras (US$ 48 bilhões) do governo do Reino Unido.

Mas uma das questões mais polêmicas em jogo é a propriedade de cerca de 20 bilhões de barris de petróleo recuperável e gás abaixo da parte britânica do mar do Norte.

A Grã-Bretanha também está preocupada com o futuro de sua frota de submarinos nucleares com base na Escócia, à medida que Salmond diz que não haveria lugar para armas nucleares em solo da Escócia após a independência. Mover a frota para outro local seria custoso e demorado.

Muitos escoceses não estão convencidos sobre a independência. Pesquisas de opinião mostram que entre 30 e 40 por cento deles são a favor, uma variação que mudou pouco enquanto as negociações se intensificaram.

Escócia e Inglaterra têm compartilhado um monarca desde 1603 e tem sido governados por um parlamento em Londres desde 1707.

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