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Garoto observa banner pró-separação, em Edimburgo. Escócia terá consulta pública para decidir sobre independência | David Moir/Reuters
Garoto observa banner pró-separação, em Edimburgo. Escócia terá consulta pública para decidir sobre independência| Foto: David Moir/Reuters
  • Cameron (esq.) é recebido pelo premiê escocês Salmond

O premiê britânico, David Cameron, e o premiê escocês, Alex Salmond, assinaram ontem um acordo que abre caminho para uma consulta pública na Escócia sobre a independência do país do Reino Unido, o que deve ocorrer até o fim de 2014.

Conforme o texto do acordo fechado em Edimburgo, capital escocesa, o plebiscito terá apenas uma questão: se a Escócia deve se tornar um país independente do Reino Unido.

Salmond, premiê local, de­­sejava adicionar a hipótese de uma cláusula que con­­ferisse maior autonomia­­ à Es­­cócia, mas que a mantinha no Reino Unido – que­­­­ hoje é composto também­­ por Inglaterra, Gales e Irlanda do Norte. O governo de Ca­­meron se opôs a essa pos­­si­­bilida­­de.

"Sempre quis mostrar respeito ao povo da Escócia. Eles votaram em um partido que quis fazer uma consulta pública. Tornei esse referendo possível e fiz questão de que seja decisivo, legal e justo", afirmou Cameron.

Para Salmond, o acordo "abre caminho para a mais importante decisão que nosso país já tomou em centenas de anos. Assim, este é um dia histórico para a Escócia".

A Escócia tem pouco mais de 5,2 milhões de habitantes, Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente US$ 240 milhões e representa cerca de 10% do total britânico nos dois quesitos.

O Reino Unido tem 62 mi­­lhões de habitantes, confor­­me dados de meados de 2010, e PIB de US$ 2,4 trilhão em 2011, segundo o Fundo Mo­­netário Internacional (FMI).

Apesar de o primeiro-ministro britânico defender publicamente que a Escócia permaneça no Reino Unido, seu partido seria beneficiado no jogo político por uma eventual separação.

Os conservadores perderiam apenas um parlamentar no país, enquanto os trabalhistas deixariam de contar com 41 representantes eleitos pela Escócia.

A permanência do país na União Europeia é um tema que precisa ser definido – o governo diz que isso aconteceria de modo automático.

CampanhaEscócia será um país mais próspero e justo, diz o chefe de governo

EFE

O chefe do governo regional da Escócia, Alex Salmond, disse ontem que a independência tornará a região "uma sociedade mais próspera e justa", embora tenha frisado que aceitará o resultado do plebiscito seja ele qual for.

Salmond classificou como "histórica" e "um importante passo adiante na viagem em direção a um autogoverno" a assinatura de um acordo entre o Executivo do Reino Unido e o da Escócia para a realização de um plebiscito sobre a independência em 2014.

"Se acho que a independência ganhará a campanha? Sim, eu acho. Acho que ganharemos ao dar uma visão positiva sobre um futuro melhor para nosso país, tanto econômica como socialmente", disse o líder nacionalista escocês durante entrevista coletiva após assinar o acordo com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

Salmond afirmou ainda que a assinatura do acordo entre Londres e Edimburgo "prepara o caminho para a decisão mais importante que nosso país, a Escócia, tomará em centenas de anos".

O ministro escocês, que disse estar disposto a debater com David Cameron durante a campanha sobre a conveniência de seguir no Reino Unido, disse que a independência será benéfica para todos.

Após a chegada ao poder dos trabalhistas em 1997, o governo britânico concedeu à Escócia, em 1998, autonomia para decidir muitos de seus assuntos, com exceção de alguns setores, como defesa e relações exteriores.

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