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James Madison High School, escola secundária localizada em Nova York vira abrigo para imigrantes
James Madison High School, escola secundária localizada em Nova York vira abrigo para imigrantes| Foto: Reprodução/Facebook/James Madison High School

A escola secundária James Madison High School, localizada no Brooklyn, em Nova York, alterou a modalidade de aula dos estudantes para o virtual, a fim de abrigar quase dois mil imigrantes durante as tempestades de inverno que atingem a costa leste dos Estados Unidos.

Na terça-feira (9), autoridades da cidade evacuaram aproximadamente 1.900 imigrantes que estavam alojados em um abrigo local com problemas nas instalações, transferindo-os para o ginásio e auditório da instituição de ensino. Antes da mudança, os quase 4 mil alunos já haviam sido dispensados e orientados a seguirem com o cronograma escolar a partir de suas casas.

O episódio foi alvo de crítica de representantes do Partido Republicano no município. A líder da legenda no conselho municipal de Nova York, Inna Vernikov, condenou a medida, afirmando que as escolas públicas não foram feitas para se tornarem “abrigos ou instalações para moradia de emergência”.

“Isto irá agitar os residentes locais, perturbar todo o ambiente escolar e colocar um fardo tremendo sobre as nossas famílias, estudantes, administradores escolares e funcionários”, disse a vereadora. Em seu pronunciamento nas redes sociais, a republicana afirmou que, como autoridade eleita que representa a comunidade, "exigia o fim do uso das escolas públicas como abrigo”.

Ainda na publicação, Vernikov fez menção ao prefeito democrata Eric Adams, instando o gestor de Nova York a parar de usar as escolas públicas como abrigos de emergência e, em vez disso, direcionar os migrantes para a residência oficial do governo, a Gracie Mansion.

Adams também foi criticado por ONG's envolvidas com o auxílio aos sem-teto em Nova York. Segundo as organizações, o abrigo no qual os imigrantes estavam é impróprio para o recebimento de pessoas. Por meio de uma declaração conjunta, a Legal Aid Society e a Coalition for the Homeless pediram às autoridades municipais que parassem de colocar famílias com crianças nas instalações do Floyd Bennett Field, devido ao clima rigoroso do inverno.

“Essa evacuação de última hora prova ainda mais que Floyd Bennett Field – uma instalação localizada em uma zona de inundação, a quilômetros de escolas e outros serviços – nunca serviu e nunca servirá como um local apropriado e seguro para abrigar famílias com crianças. Nem é preciso dizer que hoje será muito traumático e perturbador para essas famílias. Tememos, especialmente com a expectativa de um clima mais inclemente neste inverno, que isso seja apenas um prenúncio de mais problemas que virão, e instamos novamente a cidade a parar de colocar família nessa instalação”, afirmaram.

Repercussão no debate para as primárias republicanas

O pré-candidato à corrida eleitoral no Partido Republicano e governador da Flórida, Ron DeSantis, mencionou o episódio durante o debate presidencial, que aconteceu na noite desta quarta-feira (10), em Iowa.

“Uma escola no Brooklyn, em Nova York, fez com que as crianças ficassem em casa… disseram que não poderiam ter educação presencial”, disse durante o debate preparado pela emissora americana CNN.

“Por quê?”, questionou o pré-candidato antes de seguir com sua colocação. “Porque a cidade está requisitando a escola para abrigar estrangeiros ilegais. Estamos falando sobre um tema que coloca os americanos em último lugar. Você está tirando essas crianças da educação porque não consegue controlar a fronteira. Biden falhou nesta empreitada, ele não cuidou para que as leis do país fossem executadas fielmente", afirmou.

DeSantis também criticou o ex-presidente republicano Donald Trump por não cumprir muitas promessas de imigração durante seu mandato. O governador da Flórida disse que Trump não conseguiu concluir a construção do muro fronteiriço seguir com sua promessa de deportar um grande número de estrangeiros ilegais dos Estados Unidos. "Embora o ex-presidente tenha prometido deportações recordes, ele deixou o cargo tendo presidido menos deportações do que o ex-presidente democrata Barack Obama", afirmou o governador da Flórida. “Vamos construir um muro e faremos com que o México pague por isso”, concluiu ele.

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