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A polícia espanhola segue o rastro de três jovens — duas de Ceuta e uma de Málaga — que viajaram à Síria para se juntarem ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), informou o jornal El Mundo nesta segunda-feira (8). De acordo com investigadores, somente em Ceuta pode haver mais oito mulheres com planos semelhantes, em um movimento que mostra que a adesão de jovens estrangeiros à jihad está ganhando cada vez mais força.

Uma das jovens é Lubna Mohamed, de 21 anos, que se convertera ao Islã e teria saído de Málaga em 5 de novembro. Ela foi vista pela última vez em imagens capturadas pelas câmeras de segurança do aeroporto usando um véu preto que a cobria da cabeça aos ombros. "Ela decidiu que esta é a sua vida e eu tenho que continuar com a minha. Ela me pediu para ser feliz", relatou a mãe ao El Mundo.

Pessoas próximas ao pai o citam dizendo que ele preferia ver a sua filha morta do que em um lugar de onde se há notícias terríveis.

Depois de Lubna, foi a vez de Tomasa Pérez, também de Málaga, fazer o mesmo caminho. Casada com Abdelah Ahram — acusado pelo Marrocos de participar de ações terroristas e hoje na prisão —, a mulher teria partido na última quinta-feira (4) junto com seu filho de 14 anos para a Síria, onde será recebida por outro filho e seu cunhado, caso eles não tenham sido mortos nos combates.

A terceira mulher, segundo o El Mundo, é Asia Ahmed Mohamed. Ela estaria no acampamento de al-Tarib, entre Iraque e Síria, desde agosto, grávida de seu primeiro filho com Kokito. O homem, um matador que costuma posar em fotos com cabeças cortadas, se gaba de ter dado a Asia um cinto de explosivos como presente de casamento.

Em agosto, duas espanholas tiveram a tentativa de se unirem à guerra santa frustrada. Fauzia Allal, de 19 anos, de Melilla, e Nawal Dailal, de 14 anos, de Ceuta, foram detidas quando tentavam cruzar a fronteira com o Marrocos. De lá, seriam transferidas por membros da al-Qaeda à Síria ou Iraque. Nawal está agora em um centro de menores da Comunidade de Madri, onde ficará por seis meses sob cuidado de psicólogos.

O número de estrangeiros com planos de integrarem grupos radicais islâmicos assusta e levou países como o Reino Unido a endurecerem medidas contra o terrorismo. Segundo dados da ONU, estima-se que cerca de 15 mil combatentes de mais de 80 países se mudaram para Síria e Iraque para fazerem parte da jihad.

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