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Muçulmanos rezam na  mesquita mais antiga de Nova York | Irinêo Baptista Netto/Gazeta do Povo
Muçulmanos rezam na mesquita mais antiga de Nova York| Foto: Irinêo Baptista Netto/Gazeta do Povo

Nova York Vive

Um dia, dez anos

Nas bancas, a quantidade de publicações dispostas a falar do 11 de Setembro é acachapante. Edições especiais preenchem as prateleiras falando de resiliência, luto e otimismo.

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Nova York - O Centro Cultural Islâmico é a mesquita mais antiga de Nova York, na esquina da Terceira Avenida com a Rua 97, com uma cúpula enorme que se projeta além das árvores ao redor.

Na tarde última sexta-feira, o imã Shamsi Ali coordenou um evento em nome da união de várias religiões. Para ele, os muçulmanos precisam ser "embaixadores de sua fé" e se relacionar com pessoas de outras crenças como se fossem suas vizinhas.

"Os muçulmanos precisam representar a sua fé e só podem fazer isso se houver engajamento com a sociedade", disse Ali, em conversa com alguns jornalistas de várias partes do mundo.

A reportagem visitou a estrutura do centro e conheceu duas salas de orações. Uma delas estava fechada, no andar de cima, e havia um homem que cuidava da limpeza, passando aspirador.

No andar de baixo, a sala que fica aberta durante o dia todo tem paredes cobertas por arabescos e um lindo tapete vermelho. O ambiente é dividido por uma cortina pesada também vermelha, que separa o espaço de oração usado pelas mulheres – elas não podem ficar junto com os homens.

O silêncio do lugar é marcante. Pode-se ouvir bem o som dos fiéis se ajoelhando e se curvando en­­quanto fazem suas rezas. Antes de pisar no tapete da sala, há uma espécie de vestiário onde dá para lavar os pés. É obrigatório tirar os sapatos e estantes enormes de maneira emolduram os dois lados da entrada.

Gouldberg Sydney Woodserson O’Brien, natural da Irlanda do Norte, é soldado da Organização das Nações Unidas (ONU) e se prepara para viajar a Benim, na África. Muçulmano desde sempre, em Nova York ele trabalha no Centro Cultural Islâmico enquanto aguarda a hora de voltar para a ONU.

"O 11 de Setembro é triste para todo mundo, sem exceção", diz O’Brien. "Vários muçulmanos mor­­reram naquele dia – os que trabalhavam nos prédios ou eram passageiros nos aviões – e ignorar esse fato é um erro."

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