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Cerimônia de despedida a Nelson Mandela | REUTERS/Yannis Behrakis
Cerimônia de despedida a Nelson Mandela| Foto: REUTERS/Yannis Behrakis
  • Em cerimônia militar e com a presença da família, Nelson Mandela foi enterrado na aldeia onde passou a infância
  • Zulus dançam nas proximidades do local onde Nelson Mandela foi enterrado

Nelson Mandela foi enterrado neste domingo (15) às 12h45 locais (8h45 de Brasília) na aldeia de Qunu, no sudeste da África do Sul, após um funeral de Estado ao qual assistiram cerca de cinco mil pessoas.

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O ex-presidente sul-africano foi sepultado em estrita intimidade, acompanhado unicamente por sua família, seus amigos mais próximos e alguns convidados, informou a agência de notícias local "Sapa".

Vida lembrada no funeral em Qunu

Familiares e amigos lembraram a vida de Nelson Mandela durante seu funeral em Qunu, onde passou a infância e foi enterrado o líder sul-africano neste domingo, dez dias após sua morte, em 5 de dezembro. "Ele foi à escola com os pés descalços e alcançou o posto mais alto no país", disse sua neta Nandi Mandela, ao lado de 95 velas, cada uma delas simbolizando um ano da vida de Nelson Mandela. "Está em cada um de nós alcançar o que ele desejou durante a vida. Sua vida é uma história de resistência".

Mandela foi enterrado em um terreno cercado por plantas e com vista para sua casa rosa salmão. O atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, elogiou o líder como pilar de uma Nação que ainda está em progresso. "Aprendemos com você a construir uma nova sociedade, uma nova África do Sul, das cinzas do colonialismo do apartheid, precisamos superar a mágoa e o alcançar o desejo humano da retribuição. Nesse sentido, você nos ofereceu esperança ao invés de desesperança", disse Zuma. "Com o fim de sua jornada hoje, a nossa deve continuar".

Banda e canto

O som de uma banda e o canto espontâneo de convidados soprava sobre as colinas de Qunu. Enquanto isso, alguns membros da comunidade começavam a chegar para acompanhar a cerimônia em grandes telas montadas ao redor do vilarejo. "Quero apenas saudá-lo com uma despedida", disse Shirley Kobo de 32 anos. "Ele nos tirou da poeira".

Mesmo assim, o número de pessoas próximas a tais telas era pequeno. Muitos cidadãos de Qunu ficaram ofendidos por terem sido barrados da chance de dizer adeus a um nativo. Muitos consideraram que o funeral estava sendo usado para comício do Congresso Nacional Africano de Mandela. "O povo não quer apoiar o CNA", disse Shirley. "Os líderes atualmente estão abusando do nome do CNA".

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