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O Papa na Jornada Mundial de Madri, em agosto de 2011 | REUTERS / Susana Vera
O Papa na Jornada Mundial de Madri, em agosto de 2011| Foto: REUTERS / Susana Vera

Cronologia

Confira aqui os principais fatos que marcaram o pontificado de Bento XVI.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) espera que a primeira viagem internacional do novo papa seja ao Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude em julho deste ano, disse o secretário-geral da instituição, dom Leonardo Ulrich Steiner, nesta segunda-feira. Assim que souberam da renúncia do Papa Bento XVI, autoridades brasileiras e o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, confirmaram a manutenção da Jornada Mundial da Juventude, encontro da juventude católica que deverá reunir quatro milhões de pessoas entre 23 e 28 de julho, no Rio.

Segundo dom Leonardo, os preparativos para o evento devem continuar normalmente apesar do anúncio da renúncia de Bento XVI.

"Será uma honra e uma alegria receber o novo papa em sua primeira visita ao exterior. Vamos rezar para ter a presença do novo Santo Padre na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro", disse dom Leonardo.

A Jornada Mundial da Juventude, organizada pela primeira vez em 1985 por João Paulo II, deve reunir milhões católicos. Sobre a renúncia, anunciada nesta segunda-feira, dom Leonardo disse que, apesar de receber a notícia com surpresa, uma recente visita de Bento XVI ao túmulo de Celestino V - o último papa a renunciar, em 1294 - já havia levantado dúvidas.

"Quando soubemos da visita, ficamos nos perguntando se havia uma surpresa. Sobre a renúncia em si, acho que o Santo Padre agiu de maneira consciente. O motivo, de não ter forças, é válido", acrescentou.

No Rio, a Prefeitura também informou que a preparação da cidade para a realização da Jornada Mundial da Juventude está mantida.

No Rio, o governador Sergio Cabral Filho disse respeitar a decisão de renúncia do Papa. "O governo do estado do Rio de Janeiro respeita a decisão papal e reitera a confiança e a certeza no êxito da Jornada Mundial da Juventude".

Dom Orani informou a fiéis durante a missa

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, confirmou que os preparativos para a jornada continuam em curso. Ele comunicou a saída do Papa a fiéis durante missa nesta segunda-feira na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel, na Zona Norte. Segundo ele, o Papa tinha dito durante encontro preparatório que a Jornada da Juventude poderia ser feita por ele ou por um sucessor.

Cerca de 700 pessoas assistiam à missa. Os fiéis lamentaram a decisão do Papa, mas deram apoio a Bento XVI. Segundo a assessoria de imprensa da Arquidiocese do Rio, os cardeais dom Odilo Scherer, de São Paulo, dom Raimundo Damasceno, de Aparecida do Norte, e o cardeal emérito dom Claudio Humes, estão aptos a participar do conclave que escolherá o novo Papa.

Ao reforçar que a renúncia de Bento XVI não afetará a Jornada Mundial da Juventude, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, lembrou, durante uma entrevista coletiva, que uma outra jornada da juventude realizada na Alemanha foi organizada por um Papa e teve a presença de um outro.

"A Arquidiocese do Rio agradece a Deus pela vida do Papa Bento XVI, seu trabalho, sua missão de levar adiante o caminho da Igreja neste tempo de tantas controvérsias e dificuldades, mas ele pregou com coração e ânimo. Agradecemos também por ele ter escolhido a nossa cidade para ser a sede da Jornada Mundial da Juventude. O Papa também deu um exemplo para todas as pessoas neste mundo de hoje onde as pessoas não querem deixar os seus cargos. Ele deu um exemplo para toda a humanidade", disse Orani.

Ainda falando sobre a Jornada Mundial da Juventude, o arcebispo do Rio comentou ao telejornal RJTV, da Rede Globo, que o mais comum é que os novos papas eleitos mantenham a rotina programada por seu antecessor.

"Nós estivemos várias vezes com o santo padre e ele disse que estaria muito idoso para a jornada da juventude. Mas ele falou que 'o Papa vai à jornada'. Ou ele ou o sucessor dele. O tempo é curto, de março até julho, mas isso vai depender muito de quem for eleito, de sua atitude e atividades. Mas o que é normal é que os Papas sempre continuem a rotina de seu antecessor, é o que vimos acontecer sempre", afirmou Orani.

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