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Poliglota

Com português afiado, Francisco não precisará de aulas para vir ao Rio

Folhapress

O papa Francisco fala português com desenvoltura. Sua pronúncia foi considerada "muito boa" por alguns religiosos brasileiros que o ouviram confirmar presença na Jornada Mundial da Juventude, encontro de jovens católicos que será realizado entre os dias 23 e 28 de julho no Rio.

"Sem dúvida, ele não vai precisar tomar aulas para ir ao Brasil", disse o monsenhor Antônio Luiz Catelan, assessor do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno Assis.

Na tarde de ontem, Catelan esteve entre os passageiros do ônibus que levou o novo líder da Igreja Católica até a Capela Sistina para a missa de encerramento do conclave.

De acordo com o monsenhor, ao entrar no ônibus, o papa observou alguns lugares vazios e disse, em português: "Vou me sentar com o Raymundo".

Sob o título de "O amigo brasileiro do papa desbloqueou o conclave", o jornal italiano Il Messaggero disse que foi o cardeal brasileiro Claudio Hummes, ex-arcebispo de São Paulo, quem deu o grande impulso à eleição do papa Francisco. "Certamente é o seu maior eleitor e amigo fiel", anunciou o Messaggero.

Segundo o jornal, graças "à infatigável e paciente rede construída dia a dia pelo cardeal brasileiro se criou uma plataforma de consenso para colocar (o nome de Bergoglio) no conclave no momento justo". E o momento, de acordo com Il Messaggero, foi quando os candidatos favoritos – o italiano Angelo Scola, o brasileiro Odilo Scherer e o americano Sean O'Malley – "começavam a dar sinais de ceder".

Isso explicaria porque, tão logo eleito papa, "Bergoglio fez questão que ele (Hummes) ficasse perto dele", possivelmente como um sinal de agradecimento.

Outros jornais também noticiaram bastidores da escolha do papa. De acordo com o jornal Corriere della Sera, o conclave foi marcado não apenas pela rapidez com que se chegou a um consenso, mas pelo volume da votação em favor do argentino, que a reportagem estima em mais de 90 dos 115 votos, muito acima do mínimo de 77 estipulado por Bento XVI com o objetivo de dar maior coesão à escolha.¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Pagando a conta do hotel

L´Osservatore Romano/Reuters

O jornal L´Osservatore Romano, do Vaticano, divulgou ontem foto que registra o momento em que o papa Francisco paga a conta do hotel onde estava hospedado antes do conclave. "Sua Santidade recolheu as suas coisas e pagou a conta, para dar um bom exemplo", disse ontem Frederico Lombardi, porta-voz do Vaticano. Pelo fato de o hotel pertencer à Igreja, o ato do papa foi interpretado como um sinal de austeridade. O pontífice é conhecido na Argentina pela contenção de gastos na Igreja.

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