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Presença confirmada na missa de inauguração do pontificado do papa Francisco na próxima terça-feira (19), Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (15) que vai a Roma como presidente e não como pessoa.

"Acredito que será importante eu ir enquanto presidente. Não estou falando enquanto pessoa. Eu fui criada na Igreja Católica, mas eu estou representando enquanto presidente essa população católica do nosso país", lembrando que o Brasil é um "país que tem população católica muito expressiva".

Hoje Dilma não falou sobre a escolha de Francisco para substituir Bento XVI. Horas depois do anúncio, na quarta-feira (13), a Presidência da República emitiu nota parabenizando Bergoglio e a população argentina pela escolha do primeiro papa latino-americano.

"É com expectativa que os fiéis aguardam a vinda do papa ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, em julho", disse Dilma.

Dilma vê a escolha do cardeal Jorge Bergoglio como uma maneira de reaproximar o governo brasileiro da Igreja Católica, após embates com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e uma declaração do papa anterior instando os bispos a fazerem "luta política" contra o aborto, na campanha de 2010.

Encontro privado

Mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que Dilma terá um encontro privado com o papa Francisco durante sua ida a Roma, na próxima semana. A comitiva presidencial deve viajar no domingo (17) para participar da missa que vai inaugurar o pontificado do papa Francisco, na terça.

Segundo Carvalho, o Vaticano disse que o pontífice fez questão de ter "um momento" com Dilma.

"O formato [do encontro] ainda não sei exatamente, mas é um momento em que ela terá a possibilidade de saudá-lo em nome do povo brasileiro, pessoalmente, e naturalmente renovar o convite", disse Carvalho, em referência à Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho no Rio.

O convite, disse o ministro, foi feito por Dom Giovanni D'Aniello, atual núncio apostólico no Brasil. Carvalho disse ainda que a programação do papa no Rio pode ser alterada com a troca de comando da Igreja Católica.

"Como a programação anterior, do papa Bento, era uma programação para uma pessoa mais idosa, com menos atividades, pode ser que se ampliem as atividades dele [papa Francisco] no Brasil", disse o ministro antes de evento em Brasília. O papa Bento 16 tem 85 anos; o papa argentino, 76 anos.

O ministro disse ainda que o governo brasileiro ficou feliz com a escolha do religioso argentino. "É uma satisfação muito grande nossa, pelos primeiros movimentos do papa, no sentido da simplicidade com que ele está trabalhando, a informalidade, e na questão social."

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