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Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude no Rio já temem os prazos apertados para alterações na estrutura do evento com a hipótese de um aumento no fluxo de visitantes após a escolha do novo papa, em março. Qualquer mudança na estrutura só deve ser definida após o conclave - apenas quatro meses antes da Jornada. Segundo o secretário executivo do evento, monsenhor Joel Portella Amado, hospedagem, alimentação e transporte representam os desafios da organização.

"Não há dúvida de que o prazo pode ficar limitado", afirmou o Monsenhor. Segundo ele, o Comitê Organizador Local já prepara uma "estratégia urgente" de acompanhamento diário das inscrições. A previsão inicial era de 2 milhões de visitantes - média histórica da Jornada, realizada pela Igreja há 30 anos. Nesta quinta-feira, integrantes do comitê passaram a manhã reunidos com representantes da Prefeitura do Rio para traçar hipóteses diante do novo cenário.

"Conversamos muito com a prefeitura em relação a espaços nas escolas, e vamos conversar também com o governo do Estado. Hoje, a hospedagem já está no vermelho. A rede hoteleira não é suficiente e não podemos mexer. A hospedagem domiciliar é como uma gota - e nós precisamos de um tsunami, que significam alojamentos. Vamos procurar espaços grandes para hospedagem", afirmou o monsenhor.

Amado afirmou ainda que tem analisado propostas de clubes cariocas para utilizar suas áreas privativas, como quadras com vestiários, para alojamentos de jovens. Além da hospedagem, Monsenhor Joel Portella Amado cita ainda alimentação e transporte como gargalos na organização da jornada, mediante um fluxo maior de visitantes.

"Vão ter que ser replicadas as estruturas para os atos centrais, com a presença do papa. A alimentação é de responsabilidade da organização, que precisará contratar mais refeições. Já para o transporte, precisaremos muito da ajuda da prefeitura e com os meios de transporte da cidade", afirmou.

As principais atividades da jornada com a presença do Papa serão a Missa de Acolhimento e Via Sacra, realizadas na Praia de Copacabana, e a Vigília e Missa de Encerramento, realizadas em Guaratiba, na zona oeste da cidade, há cerca de 50 km de distância de Copacabana. Todos os detalhes foram apresentados à equipe do Vaticano em uma reunião de dez dias, em janeiro.

Na época, não havia sinais da renúncia, segundo Monsenhor Joel Portella Amado. Com a saída de Bento XVI, o conteúdo litúrgico preparado para o evento será reapresentado ao novo papa e sua equipe. "Toda a jornada foi desenvolvida a partir do lema definido por Bento XVI e isso não mudará. O que o novo papa poderá mudar seriam ajustes ao seu jeito de ser."

De acordo com o Monsenhor, a Jornada representa o momento de reaproximação da Igreja com um novo mundo. "A gente espera que a palavra do novo papa, na Jornada, com uma projeção que ultrapassa os limites da igreja, nos ajude a encontrar um rumo para este novo mundo".

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