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Equipe faz primeira partida como "time do papa"

Neste sábado, diante do Colón, na cidade de Santa Fé, o San Lorenzo entra em campo pela primeira vez como "o time do papa". "El Ciclón", como é conhecido, ocupa a 12ª colocação no campeonato nacional, com seis pontos em cinco jogos. Na média de pontos das três últimas temporadas – critério para definir os rebaixados no Argentino -, o San Lorenzo está na 14ª colocação, quatro posições apenas da primeira equipe na zona de rebaixamento.

Entre os jogadores, o clima é de descontração e felicidade. Nas paredes da sede social, há imagens do papa celebrando missa na capela do clube e da carteira de associado, concedida a ele durante as comemorações do centenário, em 2008

O técnico da equipe, Juan Antonio Pizzi, espera que a torcida do papa ajude a equipe a melhorar o rendimento. "Como todo mundo, sinto uma grande felicidade e orgulho que o representante principal da igreja católica seja argentino", comentou Pizzi. (MXV)

Sem ganhar um título desde 2007 e ameaçado de rebaixamento no Campeonato Argentino, o San Lorenzo, time de coração do papa Francisco, tornou-se, do dia para noite, uma das equipes mais famosas do mundo. Jornalistas e torcedores de inúmeros países ligam ou batem à porta do clube no bairro de Boedo, em Buenos Aires, em busca de camisas, imagens e curiosidades a respeito do torcedor mais importante do time.

O assédio da imprensa é tanto que o clube não consegue atender todos os jornalistas. Franceses, norte-americanos, brasileiros não se intimidam em visitar a sede, que fica mais de 30 minutos distante do centro da capital.

Já na quarta-feira, poucos minutos após a confirmação de que Jorge Mário Begoglio seria o novo pontífice, o site do clube saiu do ar após o sistema não suportar tantos acessos. A chefe do departamento de comunicação do Ciclón, como é conhecido o San Lorenzo, Marcela Nicolau, não para de atender telefonemas da imprensa do mundo todo desde então.

Após o anúncio na quarta-feira, Marcela praticamente não dormiu, atendendo ligações de jornalistas de mais de 50 países. "Está sendo uma loucura. É impressionante, indescritível", declarou nesta sexta-feira em entrevista ao jornal argentino La Nación. "Creio que nenhuma campanha de marketing pode divulgar tanto o nome do clube como está fazendo o papa", continuou a assessora na entrevista ao diário argentino.

No site oficial do San Lorenzo, o único texto traduzido para o inglês é o referente à ligação de Francisco com a agremiação, justamente para atender a imprensa internacional.

Frequentador do Estádio Gasómetro desde a infância – o pai do pontífice chegou a jogar basquete pelo clube -, o papa Francisco tem como melhor recordação do San Lorenzo a conquista do título de 1946. Com dez anos de idade à época, Bergoglio afirma que acompanhou todos os jogos no Gasómetro nesta campanha.

Em 2008, quando era cardeal da Agentina, o papa se tornou sócio do San Lorenzo, após rezar a missa de 100 anos do time, na Igreja de Santo Antônio, no bairro Boedo. O templo tem relação direta com a história do Ciclón. O clube foi fundado após um convite do padre da paróquia para que os meninos do bairro jogassem bola no pátio da igreja, após um deles ser atropelado durante uma partida na rua. Em homemangem ao padre Lorenzo Massa, os garotos decidiram dar o nome de San Lorenzo ao novo clube.

Na missa dos 100 anos, o papa chegou a declarar que se os jogadores e a torcida orassem pela Virgem Maria antes das partidas, "não importava as cores que estavam do outro lado do campo". Em 2011, Bergoglio rezou outra missa pelo Ciclón, na capela do estádio.

Mensagem

Ao contrário dos chefes de estado que desejaram ao papa sorte à frente dos católicos de todo o mundo, a diretoria do San Lorenzo não fez questão nenhuma de ser neutra na carta que enviou ao pontífice. "Saiba que para nós o senhor não é um papa apenas, ou o primeiro papa argentino, latino-americano ou jesuíta. É o papa do San Lorenzo, ou em linguagem vem futeboleira, o primeiro papa corvo [como o clube também é conhecido]", diz a mensagem, assinada pelo presidente Matías Lammens.

Papa e San Lorenzo

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