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O papa que compreendeu os desafios do século XXI

Leia o caderno especial da Gazeta do Povo sobre o papado de Bento XVI.

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Tranquilo e descansado, o papa emérito Bento XVI leu mensagens com votos positivos e caminhou pelos jardins de sua residência de aposentadoria nesta sexta-feira (1º), enquanto os cardeais que devem eleger seu sucessor planejam para a próxima semana os primeiros encontros preparatórios para o conclave.

O papa que renunciou, aos 85 anos, assistiu a reportagens na televisão sobre sua saída do Vaticano na noite de quinta-feira (28), depois dormiu profundamente na residência papal de verão de Castelgandolfo, onde vai permanecer por cerca de dois meses, informou um porta-voz do Vaticano.

"Ele dormiu muito bem. A atmosfera estava muito descontraída e pacífica", afirmou o padre Federico Lombardi a jornalistas, relatando o que o secretário pessoal de Bento 16, o arcebispo Georg Gaenswein, havia dito a ele por telefone do palácio ao sul de Roma.Bento levou CDs de suas músicas favoritas e muitos livros de teologia, história e filosofia com ele, disse Lombardi, e logo voltaria a tocar piano todas as noites.

De volta ao Vaticano, o decano do Colégio de Cardeais oficialmente convidou todos os "príncipes da Igreja" elegíveis a se reunirem em Roma para preparar e realizar o conclave secreto para escolher o próximo líder da maior igreja do mundo.

O cardeal Angelo Sodano agendou a primeira sessão das congregações gerais, as reuniões pré-conclave onde cardeais discutem os desafios futuros para a Igreja e discretamente ponderam possíveis candidatos, para a manhã de segunda-feira.

Outra sessão será realizada no período da tarde, anunciou ele, no que parecia ser um esforço para permitir o máximo de discussão possível, dentro de um curto período. As mesmas conversas antes do conclave de 2005 que elegeram Bento foram realizadas apenas no período da manhã.

Os cardeais devem decidir quando vão para o conclave, mas não podem fazê-lo até que todos os 115 eleitores de todo o mundo estejam presentes. Ainda não se sabe quantos já chegaram.

Nada está definido ainda, mas o Vaticano parece ter como meta uma eleição em meados de março para que o novo papa possa estar instalado no gabinete antes do Domingo de Ramos, em 24 de março, e comandar os serviços da Semana Santa, culminando na Páscoa no domingo seguinte.

"Todo mundo, inclusive eu, quer ter um conclave o mais rápido possível", disse o cardeal de Nova York Timothy Dolan à Reuters. "Sentimos falta do papa e precisamos de um novo. E todos nós temos empregos de tempo integral para os quais queremos voltar."

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