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Um grupo de 120 cientistas de 19 países, que participam de um ambicioso projeto para descobrir as possíveis causas genéticas do autismo, conseguiu identificar uma região do cromossomo 11 que poderia estar ligada ao transtorno, publica hoje a revista britânica "Nature Genetics".

Além disso, os especialistas do "Projeto Genoma do Autismo" acreditam que um gene chamado neurexin 1, pertencente a um grupo de genes que participa da comunicação de mensagens entre células, pode também estar ligado à doença.

Os pesquisadores observaram um total de 1.200 famílias com um ou mais de seus membros autistas para analisar se compartilhavam traços genéticos.

Há muito tempo acredita-se que a genética está envolvida em algumas formas de autismo, mas os cientistas continuam tentando descobrir os genes que poderia induzir o transtorno, cujos sintomas podem ser problemas de comunicação, dificuldade para as relações sociais e o desenvolvimento de obsessões.

Os cientistas usaram diferentes técnicas para analisar o DNA das famílias e ver se apresentavam semelhanças entre eles e se mostravam variações genéticas específicas, como pequenas omissões ou repetições de informação genética.

Embora estas anomalias sejam muito comuns e não necessariamente prejudiciais, há provas que sugerem que podem contribuir para aumentar o risco do autismo quando afetam certas áreas relacionadas ao transtorno.

Os pesquisadores encontraram uma série de variações no material genético das pessoas com autismo.

Bernie Devlin, da Universidade americana de Pittsburgh, afirmou que o projeto representa "um novo início" na pesquisa do autismo e será uma valiosa fonte de informação para especialistas no mundo todo.

"Esperamos que o acesso às ferramentas e a informação desenvolvida por meio do estudo ajude os pesquisadores a se aprofundarem nas causas do autismo", declarou.

O pesquisador da Universidade inglesa de Manchester Jonathan Green disse que os resultados obtidos "são um passo no caminho para encontrar novos tratamentos no futuro".

O porta-voz da Sociedade Nacional do Autismo do Reino Unido, Benet Middleton, cumprimentou os avanços no estudo da genética do autismo, mas afirmou que eles demorarão anos para de traduzirem em chave para o diagnóstico e tratamento do autismo.

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