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O presidente do México, Vicente Fox, enfrenta um clima difícil em seu último discurso sobre o estado da nação, nesta sexta-feira, com deputados esquerdistas planejando interromper a cerimônia em protesto contra o que consideram uma fraude eleitoral.

Fox, considerado em 2000 o herói da democracia mexicana, ao encerrar 71 anos de governo de um só partido, deixa o cargo em dezembro, mas os distúrbios políticos por causa da eleição de 2 de julho podem manchar a sua história.

Parlamentares do Partido da Revolução Democrática (PRD), de Manuel López Obrador, querem impedir Fox de fazer seu discurso anual ao Congresso.

Além das alegações de que as contagens de votos foram fraudadas, esquerdistas acusam Fox de ter ajudado de maneira ilegal a campanha do conservador Felipe Calderón e de ter corroborado seus ataques contra López Obrador, que chamou de perigo para o México.

Deputados do PRD deverão interromper o discurso de Fox ou impedi-lo de subir ao pódio.

- O presidente não poderá fazer seu discurso. Vai ser a primeira vez na História - disse Manuel Camacho Solis, assessor de Obrador.

Calderón, que ganhou a eleição com 244 mil votos de vantagem entre 41 milhões de votos, deverá ser nomeado presidente eleito, pois a corte eleitoral rejeitou, na semana passada, as alegações de fraude apresentadas por Obrador e recusou fazer uma recontagem, conforme o candidato exigia.

Camacho Solis disse que o candidato esquerdista reconhece agora que a corte vai declarar Calderón vencedor em breve, apesar de insistir que a eleição foi roubada.

O Congresso está cercado por barricadas antitumulto, depois dos conflitos entre a polícia e esquerdistas neste mês. Deverá haver forte presença da polícia de choque.

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