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Impasse político

Esquerda italiana tem até a próxima semana para formar governo

Presidente da Itália pediu pressa a Pier Luigi Bersani, que não conseguiu maioria no Senado nas eleições

Bersani (esq.) fala a jornalistas após reunião com o presidente italiano, Giorgio Napolitano | Maurizio Brambatti/EFE
Bersani (esq.) fala a jornalistas após reunião com o presidente italiano, Giorgio Napolitano (Foto: Maurizio Brambatti/EFE)

O líder da coalizão de centro-esquerda da Itália, Pier Luigi Bersani, recebeu ontem a incumbência de tentar formar um novo governo após uma reunião com o presidente italiano, Giorgio Napolitano.

Napolitano concedeu a Bersani alguns dias para se reunir com líderes de partidos na tentativa de costurar um governo que conquiste as cerca de 30 cadeiras restantes no Senado, para obter a maioria necessária na Casa.

Para angariar esse apoio, Bersani terá que se aproximar do Movimento Cinco Estrelas, do ex-comediante Beppe Grillo, cujos parlamentares já disseram que nunca votarão em apoio a um governo liderado pelos partidos políticos tradicionais do país.

O Partido Democrático de Bersani e seus aliados de centro-esquerda conquistaram por pouco a maioria dos votos nas eleições gerais do mês passado, obtendo assim a maioria automática das cadeiras na Câmara, mas somente 121 das 315 cadeiras do Senado, onde os assentos são distribuídos em bases regionais.

Apoio

Após dois dias de reuniões a portas fechadas com líderes políticos da Itália, o presidente disse ter pedido a Bersani que avalie se pode obter apoio suficiente no dividido Parlamento para formar um governo. E pediu uma resposta rápida.

Bersani ficou incumbido de relatar seu progresso a Napolitano no início da próxima semana. Se o plano do líder da centro-esquerda não for convincente, o presidente deve iniciar novas consultas aos partidos e provavelmente indicará outro candidato para liderar o governo com o objetivo de mudar a lei eleitoral do país, enquanto os políticos se preparariam para novas eleições no segundo semestre.

"Estamos passando por procedimento de rotina no momento, com o presidente dando a Bersani a oportunidade de tentar obter uma maioria. Mas sabemos que ele não será capaz de formar um governo", disse Duncan McDonnell, analista político do European University Institute.

A Itália atravessa sua mais profunda recessão em 20 anos, agravada pela paralisia política.

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