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Reportagem do Washingotn Post mostra uma imagem do vídeo onde um membro do Estado Islâmico executa um aliado do Hamas. | Reprodução
Reportagem do Washingotn Post mostra uma imagem do vídeo onde um membro do Estado Islâmico executa um aliado do Hamas.| Foto: Reprodução

O braço extremista do Estado Islâmico na península egípcia do Sinai levou a disputa com o grupo palestino Hamas a novos níveis de violência em um vídeo de 22 minutos em que conclama seus seguidores a atacar o grupo e executa quem dizem ser um colaborador.  

É uma escalada que os analistas dizem ter potencial para desestabilizar uma situação de segurança já frágil em Gaza, região palestina que o Hamas controlou durante a última década.  

"Nunca se entreguem. Usem explosivos, pistolas e granadas. Bombardeiem seus tribunais e suas áreas protegidas, pois estes são os pilares da tirania que sustentam o seu trono", disse o narrador empunhando uma faca, de acordo com uma tradução distribuída pelo SITE Intelligence Group, que monitora sites extremistas. 

Na gravação ele citou a repressão do Hamas aos grupos jihadistas em Gaza e sua incapacidade de impedir que os Estados Unidos declarassem Jerusalém como a capital de Israel, como razões para atacar o grupo. O vídeo começa com o anúncio do presidente Trump sobre Jerusalém no mês passado.  

O confronto entre os dois grupos militantes vem crescendo há mais de um ano, já que o Hamas repreendeu os partidários do Estado Islâmico em Gaza e estreitou sua fronteira com o Sinai na tentativa de reparar as relações com o Egito. 

Considerado um grupo terrorista por Israel e Estados Unidos, o Hamas tem buscado estreitar os laços com os vizinhos Egito e a Autoridade Palestina na Cisjordânia e, segundo analistas, tem tentado evitar o confronto direto com Israel nos últimos anos. O Estado Islâmico no Sinai tem uma abordagem completamente mais radical e realizou um recente ataque em uma mesquita egípcia matando mais de 300 pessoas. No vídeo, eles criticaram Hamas por estar "seguindo os passos do Ocidente infiel".  

O Estado Islâmico não terá acesso a Gaza para lançar um ataque em larga escala, mas poderia encorajar seus partidários a lançar mais foguetes em Israel, sabendo que as forças armadas israelenses responderiam contra o Hamas, que é responsabilizado por todas as agressões militares a Gaza, de acordo com Mohannad Sabry, autor de “Sinai: Egypt's Linchpin, Gaza's Lifeline, Israel's Nightmare” (Sinai: eixo principal do Egito, linha de vida de Gaza e pesadelo de Israel, em tradução livre).  

“Atinge o mesmo objetivo”, ele disse. 

No vídeo, o homem acusado de colaborar com a ala militar do Hamas é executado por outro que é descrito como um ex-membro que havia se arrependido. 

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