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Holanda enviará ajuda humanitária diretamente até o Curdistão iraquiano

A Holanda enviará ajuda humanitária diretamente ao Curdistão do Iraque para os deslocados no norte do país que sofrem a ofensiva dos jihadistas do Estado Islâmico (EI).

O porta-voz da ministra holandesa de Cooperação para o Desenvolvimento, Lilianne Ploumen, disse através da agência de informação nacional "ANP" que o país "ajustou seu protocolo de entrega de ajuda humanitária aos deslocados no norte do Iraque".

A Holanda já não enviará sua ajuda ao norte do Iraque através dos Emirados Árabes nem com a força aérea da Austrália, mas a transportará por si mesma até Erbil, capital do Curdistão iraquiano, onde a entregará às Nações Unidas, explicou.

Na próxima segunda-feira o Ministério de Cooperação espera que um avião de transporte Hércules holandês possa transportar a ajuda de Eindhoven a Erbil.

A mudança se deve a que a situação na área do monte Sinjar, no norte iraquiano, é menos dramática uma vez que se quebrou o cerco das milícias do EI esta semana, enquanto em outros locais do norte do Iraque centenas de milhares de pessoas têm que abandonar suas casas.

O tipo de ajuda humanitária também foi modificado para fazer frente às necessidades que agora são mais urgentes, motivo pelo qual se incluiu cobertores, bolachas de alto valor nutritivo, lâmpadas LED e água.

Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) executaram mais de 700 pessoas, em sua maioria civis, durante as últimas duas semanas no leste da província síria de Deir ez Zor, disse neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

As execuções aconteceram nas localidades de Al Shuaitat, Garanish, Abu Hamam e Al Kishkia, tomadas pelos extremistas no último dia 11 de agosto, e onde residiam os membros do clã de Al Shuaitat.

Centenas de membros dessa tribo continuam desaparecidos, após terem sido ameaçados pelo EI, que os considera "infiéis" que devem ser assassinados e que não se merecem "trégua, segurança, dinheiro, comida, família, nem esposas", segundo o OSDH.

Além disso, o Observatório assegura ter documentado os nomes de dezenas dessas vítimas e assinala que centenas dos executados pelo EI foram sacrificados depois de suas famílias e lhes cortaram a cabeça para depois exibi-las em lugares públicos.

Esta organização já advertiu há poucos dias sobre as execuções em massa dos jihadistas e seu "genocídio" contra a população da tribo Al Shuaitat.

O Observatório, que documenta o conflito sírio desde seu início há mais de três anos, reitera seu pedido a "todo aquele a quem lhe reste consciência humana na comunidade internacional, que tente pôr fim aos crimes de guerra e contra a humanidade" cometidos pelo regime sírio e outras facções terroristas.

A organização extremista sunita proclamou no final de junho um califado no Iraque e Síria, após avançar no terreno.

Mais de 171 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em março de 2011, segundo a ONG.

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