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O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, anunciou neste domingo (4) que a fronteira entre Síria e Turquia foi totalmente tomada pelas forças turcas e rebeldes, que expulsaram o grupo Estado Islâmico (EI) das últimas áreas sob seu controle.

“De Azaz a Jarabulus, nossa faixa de fronteira de 91 km foi totalmente colocada sob segurança”, declarou Yildirim, em pronunciamento transmitido pela televisão, no qual garantiu que todas as organizações terroristas foram retiradas da região.

Um pouco mais cedo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) já havia informado que forças turcas e rebeldes sírios expulsaram os extremistas do EI de sua última posição na fronteira entre Síria e Turquia, neste domingo.

“O Estado Islâmico perdeu qualquer contato com o mundo exterior, depois de perder as últimas cidades fronteiriças entre o rio Sajour e (a localidade de) Al-Rai”, acrescentou o OSDH.

“Grupos rebeldes e islamitas apoiados por tanques turcos e aviões” tomaram vários povoados na fronteira, “depois que o EI saiu desses lugares, encerrando, assim, sua presença na fronteira”, acrescentou a instituição.

O avanço ocorre no âmbito da operação “Escudo de Eufrates”, iniciada em 24 de agosto para atacar simultaneamente o EI e as forças curdas das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que desempenharam um papel-chave para tirar os extremistas da fronteira sírio-turca.

A milícia curda YPG é aliada da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI, e recuperou grandes partes de território que estavam nas mãos dos extremistas na Síria.

O governo turco considera as YPG como um grupo “terrorista” e se mostrou alarmado com sua expansão na fronteira, temendo a criação de uma região semiautônoma curda no norte da Síria.

A perda da fronteira com a Turquia priva o EI de uma via fundamental para obter suprimentos e adeptos, embora o grupo continue possuindo territórios tanto na Síria quanto no Iraque.

De acordo com Yildirim, o objetivo da Turquia é “limpar” os elementos do Daesh (acrônimo do EI em árabe), do PKK, das YPG e do PYD (o Partido da União Democrática Curda) do norte da Síria e garantir a segurança da fronteira.

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