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Policiais belgas homenageiam vítimas do ataque terrorista que matou três pessoas em Liège, no Leste do país | EMMANUEL DUNAND/AFP
Policiais belgas homenageiam vítimas do ataque terrorista que matou três pessoas em Liège, no Leste do país| Foto: EMMANUEL DUNAND/AFP

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou nesta quarta-feira, 30, a autoria do ataque que matou duas policiais e um civil na terça-feira, 29, em Liége, Bégica. Segundo um site de propaganda dos terroristas, o homem que cometeu o ataque - morto depois em uma troca de tiros com a polícia - era um "soldado do califado".

 Mais cedo, promotores belgas afirmaram que o homem cometeu um "assassinato terrorista" e poderia ter a intenção de causar mais mortes. As autoridades tentam agora determinar se ele agiu sozinho. A polícia informou que no dia anterior ao ataque, na segunda-feira, ele teria matado uma outra pessoa. 

 Licença

Benjamin Herman, de 31 anos, era um detento e estava em uma licença de dois dias quando atacou duas policiais, apunhalando-as repetidamente. Depois disso, roubou suas armas e disparou contra elas, segundo as autoridades. Em seguida, ele atravessou a rua e realizou diversos disparos contra um homem de 22 anos que estava dentro de um carro. Então, levou uma mulher como refém para dentro de uma escola nas proximidades. Quando a polícia cercou o local, Herman correu para a calçada, atirando contra os policiais, foi baleado e morreu. Quatro agentes ficaram feridos. 

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 Segundo os promotores, o homem gritou "Allahu akbar" (Alá é grande, em árabe) várias vezes. A juíza federal belga Wenke Roggen disse que o ataque foi considerado "assassinato terrorista e tentativa de homicídio terrorista". Ela explicou que o modo de agir - atacar policiais com facas e roubar suas armas - é semelhante ao mostrado em vídeos do Estado Islâmico. 

 Wenke acrescentou que o homem também estava em contato com pessoas radicalizadas.

 Quarta vítima 

 Nesta quarta, as autoridades belgas confirmaram que o atirador de Liège assassinou uma pessoa na segunda-feira. Segundo o ministro do Interior belga, Jan Jambon, a vítima era um ex-detento que esteve preso junto com Herman. Jambon afirmou que o homem morreu atingido por um objeto pontiagudo na cabeça. 

 Sobre o ataque de terça, o ministro disse que a mulher feita refém dentro da escola pode ter derrubado o atirador e, assim, evitado mortes dentro da escola. Jambon, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, e o rei Philippe visitaram a vítima no hospital, onde estava sendo tratada. "Ela foi muito corajosa", afirmou. 

Histórico 

 De acordo com as informações dos promotores, o atirador teve uma série de desentendimentos com a polícia desde quando era menor de idade. Herman foi condenado por crimes envolvendo agressão, drogas e insubordinação. 

 Apesar da declaração da juíza Wenke sobre seu contato com outras pessoas radicalizadas, Jambon afirmou que se trata de um caso isolado. "Ele não fazia parte de uma rede, não recebia instruções de ninguém, então não há necessidade de elevar o nível de alerta terrorista", disse, acrescentando que os investigadores não têm informações precisas sobre qualquer outro possível ataque. 

 O ataque abalou a Bélgica, onde policiais e forças militares trabalham para proteger prédios públicos há dois anos, desde que ataques suicidas coordenados no aeroporto de Bruxelas e no metrô mataram 32 pessoas e feriram centenas em 22 de março de 2016.

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