Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Corrida armamentista

Estados Unidos firmam acordo no setor nuclear com Índia

Países vão retomar aliança no setor depois de mais de 30 anos. Acordo havia sido aprovado pelo Senado americano na semana passada

"Este acordo envia um sinal para o mundo: as nações que seguem o caminho da democracia e do comportamento responsável encontrarão um amigo nos Estados Unidos da América", garante Bush | Kevin Lamarque / Reuters
"Este acordo envia um sinal para o mundo: as nações que seguem o caminho da democracia e do comportamento responsável encontrarão um amigo nos Estados Unidos da América", garante Bush (Foto: Kevin Lamarque / Reuters)

O presidente dos EUA, George W. Bush, assinou nesta quarta-feira (8) a legislação que permite o reinício do intercâmbio nuclear civil entre os Estados Unidos e a Índia.

"Este acordo envia um sinal para o mundo: as nações que seguem o caminho da democracia e do comportamento responsável encontrarão um amigo nos Estados Unidos da América", disse Bush.

A ação de Bush abre caminho para que os detalhes do acordo sejam acertados pela secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, e pelo chanceler indiano, Pranab Mukherjee, nesta sexta-feira em Washington.

O acordo havia sido aprovado pelo Senado dos EUA em 1º de outubro, levantando o último obstáculo para reiniciar a cooperação nuclear civil entre os dois países depois de três décadas.

Os senadores votaram o acordo por 86 a 13, levantando a proibição ao comércio nuclear imposta logo depois que a Índia realizou seus primeiros testes com armas nucleares em 1974.

A aprovação foi uma das poucas vitórias de Bush no fim de seu governo.

Assinado por Bush e pelo primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, em julho de 2005, o acordo oferece à Índia acesso à tecnologia ocidental e a uma energia atômica barata, em troca da autorização às inspeções de algumas de suas centrais nucleares.

A Câmara dos Deputados já havia aprovado o pacto, que o governo Bush acredita que assegurará uma parceria estratégica com a maior democracia do mundo, além de ajudar a Índia a atender sua crescente demanda por energia e abrir um mercado bilionário.

Mas críticos dizem que o acordo traz sérios danos aos esforços globais para conter a proliferação das armas nucleares, ao permitir que os indianos importem combustível nuclear e tecnologia. O país já testou armas nucleares e jamais assinou o Tratado de Não-Proliferação.

A Índia tem um grande déficit energético, e o acordo abre este mercado bilionário para companhias norte-americanas como a General Electric e a Westinghouse Electric, unidade da japonesa Toshiba.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.