• Carregando...
"Este acordo envia um sinal para o mundo: as nações que seguem o caminho da democracia e do comportamento responsável encontrarão um amigo nos Estados Unidos da América", garante Bush | Kevin Lamarque / Reuters
"Este acordo envia um sinal para o mundo: as nações que seguem o caminho da democracia e do comportamento responsável encontrarão um amigo nos Estados Unidos da América", garante Bush| Foto: Kevin Lamarque / Reuters

O presidente dos EUA, George W. Bush, assinou nesta quarta-feira (8) a legislação que permite o reinício do intercâmbio nuclear civil entre os Estados Unidos e a Índia.

"Este acordo envia um sinal para o mundo: as nações que seguem o caminho da democracia e do comportamento responsável encontrarão um amigo nos Estados Unidos da América", disse Bush.

A ação de Bush abre caminho para que os detalhes do acordo sejam acertados pela secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, e pelo chanceler indiano, Pranab Mukherjee, nesta sexta-feira em Washington.

O acordo havia sido aprovado pelo Senado dos EUA em 1º de outubro, levantando o último obstáculo para reiniciar a cooperação nuclear civil entre os dois países depois de três décadas.

Os senadores votaram o acordo por 86 a 13, levantando a proibição ao comércio nuclear imposta logo depois que a Índia realizou seus primeiros testes com armas nucleares em 1974.

A aprovação foi uma das poucas vitórias de Bush no fim de seu governo.

Assinado por Bush e pelo primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, em julho de 2005, o acordo oferece à Índia acesso à tecnologia ocidental e a uma energia atômica barata, em troca da autorização às inspeções de algumas de suas centrais nucleares.

A Câmara dos Deputados já havia aprovado o pacto, que o governo Bush acredita que assegurará uma parceria estratégica com a maior democracia do mundo, além de ajudar a Índia a atender sua crescente demanda por energia e abrir um mercado bilionário.

Mas críticos dizem que o acordo traz sérios danos aos esforços globais para conter a proliferação das armas nucleares, ao permitir que os indianos importem combustível nuclear e tecnologia. O país já testou armas nucleares e jamais assinou o Tratado de Não-Proliferação.

A Índia tem um grande déficit energético, e o acordo abre este mercado bilionário para companhias norte-americanas como a General Electric e a Westinghouse Electric, unidade da japonesa Toshiba.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]