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A adolescente americana Mykensie Martin, que estava sumida desde domingo e foi encontrada no início da tarde desta quinta-feira, contou na superintendência da Polícia Federal de Salvador que planejava conhecer o Brasil andando de carona. Ela disse que saiu de Minas para Brasília, de onde tomou um ônibus para a capital da Bahia. Logo que chegou, foi à Praia de Pituba, onde diz ter sofrido uma tentativa de assalto e ter sido ajudada por um homem que a levou para a sua casa, em um bairro pobre próximo. Ela ficou três dias na casa e, durante este tempo, diz que tentou sem sucesso entrar em contato com a família mineira que a estava hospedando, em Patos de Minas (MG), graças a um programa de intercâmbio.

Mykensie só foi descoberta porque, com a divulgação de seu sumiço pela imprensa, um dos vizinhos da residência onde ela foi abrigada a reconheceu e avisou à TV Globo ter visto a americana no restaurante Bode Grill.. Uma equipe da Globo foi à casa e convenceu-a a se apresentar à PF, ao lado do homem que a socorreu. A estudante já falou com a família mineira onde estava morando e foi encaminhada para a Polícia Federal, em Salvador.Assim que receberam a notícia do desaparecimento, na terça-feira, os pais da jovem, Steven e Stephanie Martin, passaram a ligar de hora em hora para Carmo do Paranaíba. No último telefonema, na terça-feira, disseram faltava apenas tirar o visto para virem para cá. Eles chegaram a pedir ajuda ao FBI para procurá-la.

Natural de Bend, no estado de Oregon, Mykensie, de 17 anos, estava residindo com uma família brasileira em Carmo de Paranaíba desde julho, em um programa de intercâmbio estudantil do Rotary Club. Todos os domingos ela costumava fazer uma viagem de 60 quilômetros até Patos de Minas, para ir a um serviço religioso num templo mórmon. Domingo passado, em vez de voltar a Carmo de Paranaíba, MyKensie comprou uma passagem de ônibus para Unaí, a 250 quilômetros de Patos de Minas, segundo uma pessoa da igreja que a acompanhara até a estação rodoviária. De acordo com as investigações, ela foi vista pela última vez naquela cidade por volta de 18h, tratando de conseguir uma carona para ir à Brasília, onde pretendia participar de um evento patrocinado pela igreja.

Ela saiu de casa com uma mochila e todos os documentos pessoais, inclusive o passaporte. A polícia já estava investigando a informação de Mykensie estaria na capital baiana desde a noite de quarta-feira. Na manhã desta quinta-feira, a polícia baiana recebeu a informação de que Mykensie teria sido vista numa barraca de praia também na orla marítima de Salvador. Desde então, buscas estavam sendo feitas pelos policiais.

Segundo populares, ela tinha sido vista pela última vez por volta das 18h de domingo, na estrada, tentando pegar uma carona para Brasília. Lá, ela esteve hospedada numa pousada. A diária, de R$ 25, foi paga pelo rapaz que deu carona para a estudante. Segundo a recepcionista, ela passou a noite na pousada e saiu na segunda-feira de manhã, sem tomar café.

A família que a hospedou em Carmo de Paranaíba acredita que ela teria ido embora por não ter se adaptado à cidade. Lineu Cardoso, que seria o pai dela no Brasil, disse que desde o início tinha certeza de que não se tratava de seqüestro ou coisa parecida.Lineu Cardoso disse que a família em Patos de Minas continua de braços abertos para receber Mykensie caso ela queira retornar.

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