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Milhares de estudantes secundaristas chilenos preparavam neste domingo uma paralisação para a segunda-feira, numa das maiores manifestações estudantis das últimas três décadas no Chile.

Os estudantes convocaram a greve "social" após longas deliberações em resposta a medidas anunciadas pela presidente chilena, Michelle Bachelet, que não atenderam por completo às reivindicações do setor. A imprensa local, no entanto, especula que há divisões entre os dirigentes estudantis.

O tema principal na mesa de negociações é a gratuidade da passagem no transporte público, pois o governo declarou que não tem condições de financiar tal subsídio. Os secundaristas também querem uma reforma na atual lei educacional.

Na terça-feira, houve grandes atos nas ruas de Santiago, duramente reprimidos.

Aos secundaristas, uniram-se neste fim de semana os estudantes universitários, os professores, além de outros setores.

Apesar de os planos serem de uma ação pacífica nos próprios estabelecimentos de ensino, o governo já está pronto para o caso de novas passeatas.

- O governo está preparado para fazer o que tem que fazer para resguardar a ordem pública, assegurar o movimento das pessoas, o movimento pelas ruas - afirmou o porta-voz Ricardo Lagos Weber.

Bachelet, que enfrenta a sua primeira grande mobilização como presidente, anunciou na quinta-feira à noite medidas extraordinárias para o setor educacional, que custarão anualmente US$ 135 milhões. Com isso, ela deu por encerradas as negociações.

A Igreja Católica fez neste domingo um apelo ao diálogo, pediu que se priorizasse os recursos para a educação e criticou os problemas econômicos do país.

- Entre outras coisas, o que se passa mostra um profundo mal-estar, que tem as suas raízes na escandalosa desigualdade social que afeta a nossa convivência - afirmou a Conferência Episcopal em comunicado.

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