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Estudante é detida por policiais após tumulto em Santiago | REUTERS/Ivan Alvarado
Estudante é detida por policiais após tumulto em Santiago| Foto: REUTERS/Ivan Alvarado

A exatamente um mês das eleições presidenciais chilenas, um grupo de estudantes universitários e secundaristas organizou um novo ato de mobilização nacional, pressionando os candidatos a se pronunciarem sobre o tema da educação. Segundo o jornal "La Tercera", 18 mil pessoas participaram do protesto, de acordo com um balanço preliminar da Polícia Militar chilena. Já os estudantes contabilizam em torno de 50 mil manifestantes.

Em Santiago, a manifestação - convocada por entidades de classes de alunos e docentes - teve início às 11h desta quinta-feira, no horário local, na Plaza Italia e terminou na Estación Mapocho, onde foi realizado um ato. Embora tenha começado de forma pacífica, no fim foram registrados alguns incidentes, após um grupo de mascarados incendiar objetos para formar barricadas no centro da capital.

A polícia chilena registrou a detenção de quatro pessoas por atos de vandalismo. A corporação também informou que um policial das Forças Especiais foi ferido no rosto por um objeto cortante.

Durante o protesto - o sexto deste ano -, os estudantes pediram aos candidatos presidenciais que entreguem detalhes de suas propostas sobre a educação e que incluam os movimentos sociais na elaboração destes programas.

"A exatamente um mês da eleição presidencial, reafirmamos com muita ênfase que, sem os estudantes, pais e professores, não haverá nenhuma mudança na educação que realmente valha a pena - disse o presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile (FECh), Andrés Fielbaum, que alertou que as manifestações "continuarão existindo nos próximos anos" caso isso não aconteça.

Em busca de uma reunião com os candidatos

Os universitários vão se reunir no próximo fim de semana em assembleia da Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), quando vão avaliar se convocarão uma nova manifestação antes das eleições do dia 17 de novembro.

Enquanto isso, o porta-voz da Coordenadoria Nacional dos Estudantes Secundaristas (Cones), Moisés Paredes, informou que nos próximos dias eles vão agendar reuniões com os candidatos presidenciais para expor suas reivindicações.

"Queremos ser capazes de sentar em uma mesa para propor, discutir caso seja necessário, e desta forma mostrar aos candidatos que o movimento estudantil tem propostas concretas", afirmou Paredes.

A manifestação também ocorreu em meio ao debate acalorado sobre o maior peso do ranking de notas no processo de admissão nas universidades e da discussão sobre o orçamento de 2014, que os estudantes consideram insuficientes para fazer mudanças profundas na educação.

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