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Caracas – Milhares de estudantes universitários venezuelanos fizeram uma passeata ontem à tarde, rumo à sede da Conferência Episcopal, em Caracas, onde se reuniram com dois deputados, depois que a polícia impediu que se dirigissem para a Assembléia Nacional. Os jovens, de várias universidades públicas e privadas, pretendiam caminhar até a Assembléia ontem, no centro da capital, para entregar um documento.

A manifestação não foi autorizada, porém, e um forte cordão policial isolou o câmpus da Universidade Católica Andrés Bello. Alunos da Universidade Central da Venezuela, a maior do país, foram para a Universidade Católica e, de lá, conseguiram que o cerco policial fosse suspenso. Decidiram, então, marchar até a Conferência Episcopal, a 500 metros.

Os deputados Ismael García e Ricardo Gutiérrez, do partido Podemos (partido socialdemocrata que apóia criticamente o governo do presidente Hugo Chávez), foram até a Conferência Episcopal para receber o documento das mãos dos estudantes e apresentá-lo na Assembléia. "Vamos receber seu documento e ouvir suas reivindicações. Na democracia, fala-se, discute-se e se constrói um consenso", disse García, de manhã, enquanto esperava sem sucesso pelos universitários no Parlamento. Os estudantes querem fazer uma nova passeata na próxima terça-feira e anunciaram que, desta vez, a permissão será solicitada pelo reitor da Universidade Central, Antonio París.

O movimento estudantil venezuelano, que não se mobilizava há duas décadas, voltou às ruas esta semana para defender a liberdade de expressão, depois que a emissora de televisão privada RCTV foi tirada do ar.

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