• Carregando...
A polícia de Londres fez uma linha para isolar os estudantes que participaram do protesto desta quarta-feira (9) | Leon Neal/AFP Photo
A polícia de Londres fez uma linha para isolar os estudantes que participaram do protesto desta quarta-feira (9)| Foto: Leon Neal/AFP Photo

Milhares de estudantes marcharam por ruas de Londres nesta quarta-feira (9), na mais recente manifestação de insatisfação contra as medidas de austeridade do governo liderado pelos conservadores. Vinte manifestantes foram presos. Um grupo de manifestantes separou-se da rota principal e montou mais de 20 tendas na base da Coluna Nelson, em Trafalgar Square, espelhando o acampamento de manifestantes anticapitalistas do mês passado na Catedral de St. Paul. A polícia foi para a praça e fez uma série de detenções, enquanto desocupava um dos locais turísticos mais populares de Londres. Um grande número de policiais escoltava os manifestantes da marcha principal pelas ruas em direção ao ponto principal do protesto, no distrito financeiro da cidade.

Quatro protestos de estudantes no fim do ano passado resultaram em confrontos com a polícia, invasões a prédios públicos e na sede do Partido Conservador - além de quase 400 detenções. Calculava-se que até 10 mil pessoas de toda a Grã-Bretanha participassem da manifestação contra a política de educação do governo de coalizão. As estimativas iniciais da polícia, porém, sugeriam um número menor. Esse foi o maior protesto em Londres desde que a capital e outras cidades inglesas enfrentaram quarto dias de tumulto em agosto, no pior episódio de violência urbana em décadas. Os manifestantes ergueram faixas denunciando os aumentos nas taxas escolares. "Educação para os 99 por cento", lia-se em uma delas.

Outras ecoaram a mensagem anticapitalista do acampamento "Ocupem Londres", diante da Catedral de St. Paul, exigindo: "Tirem a riqueza do 1%". Os estudantes estão furiosos com os planos do governo que, argumentam eles, levam à privatização da educação superior, e com a decisão tomada no ano passado de elevar as taxas escolares e cortar as bolsas aos adolescentes mais pobres. Os protestos também adotaram uma agenda mais ampla para incluir a oposição à reforma do estado de bem-estar, parte do pacote de austeridade para ajudar a reduzir o déficit orçamentário, que atingiu quase 11% do produto interno bruto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]