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O comediante judeu Jerry Seinfeld durante discurso na Universidade de Duke, neste domingo (12)
O comediante judeu Jerry Seinfeld durante discurso na Universidade de Duke, neste domingo (12)| Foto: Reprodução/Youtube/Universidade de Duke

O comediante judeu Jerry Seinfeld foi alvo de protestos na renomada Universidade de Duke, na Carolina do Norte, neste domingo (12), após ser convidado para discursar em uma cerimônia para universitários que concluíam a graduação.

Essa é a mais recente mobilização estudantil contra Israel nas instituições de ensino americanas, iniciadas no mês passado. Dezenas de estudantes, entre estes alguns que levaram bandeiras palestinas, deixaram o evento devido à presença do artista judeu, enquanto outros gritavam "Palestina Livre" e o nome do ator foi seguido de vaias.

"Obrigado. Meu Deus, que dia lindo", disse Seinfeld na abertura de seu discurso, depois de parte dos formandos deixar o local.

O comediante, que estudou em Duke, ignorou o protesto e focou em falar sobre sua infância como um menino judeu em Nova York. Segundo ele, foi um "privilégio poder frequentar uma instituição de alto padrão como Duke".

"Sei que muitos de vocês estão pensando 'não posso acreditar que convidaram esse cara'. Muito tarde. Eu digo, usem seus privilégios. Eu cresci como um menino judeu em Nova York. Isso é um privilégio se você quer ser comediante", disse.

Enquanto discursava, um grupo de manifestantes se reuniu na parte externa do local e realizou um novo ato pedindo o corte de investimentos da universidade em empresas ligadas a Israel e que, segundo eles, "lucram" com a guerra em Gaza.

O porta-voz da Universidade de Duke, Frank Tramble, soltou um comunicado sobre a situação. “Nós entendemos a profundidade do sentimento em nossa comunidade, como o fizemos ao longo do ano, e respeitamos o direito de todos em Duke de expressar suas visões de forma pacífica, sem impedir que os formandos e suas famílias celebrem esse momento”, diz a nota.

Desde o início do conflito, Seinfeld tem se posicionado publicamente a favor da ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza. Ele chegou a visitar Israel em dezembro do ano passado, dois meses após o início da guerra, para se encontrar com parentes de pessoas covardemente sequestradas e mantidas em cativeiro por terroristas.

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