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Um estudo realizado com mais de cem capitães e altos funcionários aposentados da Polícia de No­­va Iorque indica que a pressão pa­­ra mostrar resultados satisfatórios na redução da criminalidade fez com que os funcionários passassem a manipular as estatísticas.

Os entrevistados afirmaram, por meio de questionários, ter conhecimento de uma série de mudanças "eticamente inadequadas’’ nas queixas de crimes nas di­­versas categorias medidas pelo programa CompStat, segundo reportagem do New York Times.

Lançado em 1994, o projeto CompStat era baseado no registro computadorizado e análise de dados criminais, além da troca de ideias entre representantes da cúpula da polícia, investigadores e policiais.

A redução da criminalidade em Nova Iorque e a manutenção de baixos índices se tornaram bandeiras do ex-prefeito Rudolph Giu­­liani e do atual, Michael Bloom­­berg. A política de "tolerância zero’’ de Giuliani resultou, segundo a prefeitura, em uma queda de 57% nos crimes em geral.

O governo do Rio de Janeiro chegou a anunciar a contratação de Giuliani como consultor de segurança pública, mas desistiu por conta do preço alto.

Um dos problemas da pesquisa é que os dados não permitem identificar em qual momento ou em qual governo ocorreram as irregularidades.

A pesquisa foi realizada pelos pesquisadores John Eterno (capitão aposentado da Polícia de Nova Iorque) e Eli Silverman.

O porta-voz da Polícia de Nova York, Paul Browne, desqualificou a pesquisa e disse que outros dois estudos já realizados indicam a confiabilidade das estatísticas.

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