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Chicago – A alteração de um gene no cérebro de fêmeas de uma espécie de verme fez com que elas mudassem sua orientação sexual e fossem atraídas por outras fêmeas, disseram pesquisadores americanos. O estudo reforça a tese de que a orientação sexual está "impressa" no cérebro, segundo Erik Jorgensen, diretor científico do Instituto do Cérebro da Universidade de Utah.

"Elas parecem meninas, mas agem e pensam como meninos", disse em nota o pesquisador Jamie White, que trabalhou no estudo, publicado na revista Current Biology.

Os pesquisadores no laboratório de Jorgensen ativaram apenas no cérebro das fêmeas do verme um gene que normalmente faz o corpo desenvolver as estruturas masculinas. Por causa disso, os vermes continuavam tendo corpos de fêmea, mas se comportavam como machos.

"Isso sugere que o comportamento sexual está codificado nos nossos genes, sem se dever a células nervosas extras que sejam específicas de machos ou fêmeas", disse Jorgensen.

Animais como os nematódeos, drosófilas e ratos têm muitos genes em comum com os humanos, e por isso esses animais são usados como modelo para a compreensão da genética humana. Mas Jorgensen disse que o estudo não deve resolver a complicada questão da gênese da orientação sexual nas pessoas. "Um cérebro humano é muito mais complexo que um cérebro de verme", disse ele.

Muitos atribuem a orientação sexual a fatores como genética, hormônios e ambiente, mas nada nunca foi provado.

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