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O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates (centro), fala ao lado de um modelo do avião C-17, em Budapeste | Karoly Arvai/Reuters
O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates (centro), fala ao lado de um modelo do avião C-17, em Budapeste| Foto: Karoly Arvai/Reuters

Budapeste - Os Estados Unidos estão preparados para um apaziguamento com o Taleban caso o governo afegão dê início a diálogos para pôr fim à insurgência, afirmou ontem o secretário da Defesa, Robert Gates, no primeiro dos dois dias de reunião da Otan, em Budapeste, Hungria. Mas Washington não se reconciliaria com a Al-Qaeda, afirmou Gates.

Sete anos após a invasão que derrubou, com facilidade, o regime radical do Taleban, a aliança militar ocidental enfrenta um quadro sombrio. As condições econômicas e de segurança no Afeganistão, já críticas, devem piorar em 2008, segundo o chefe do Estado-Maior dos EUA, almirante Mike Mullen. O mais provável é que o país continue no processo que um novo relatório de inteligência americano, vazado ontem no New York Times, chamou de "espiral de queda". A previsão de Mullen confirma informações do documento preliminar sobre o Afeganistão.

Parceiros da Otan também fazem uma análise sombria. "Não vamos vencer essa guerra’’, afirmou o mais alto comandante do Reino Unido no Afeganistão, brigadeiro Mark Carleton-Smith, que defendeu nesta semana uma redução do conflito a um nível "administrável’’ e transferência da responsabilidade para o Exército afegão.

A estratégia diverge da adotada pelo Pentágono, que enfatiza o aumento do contingente ocidental para conter a insurgência. Os EUA pressionaram ontem os aliados a aumentar suas tropas e aceitar um envolvimento ativo da Otan no combate à heroína.

O general americano David McKiernan, comandante da Otan no país, afirma precisar de mais 15 mil homens, além dos 8 mil adicionais aprovados por Washington, que chegarão a campo no início de 2009. Tanto o candidato governista à Presidência, John McCain, quanto seu rival, Barack Obama, apóiam o aumento das tropas no Afeganistão. Somadas, as forças dos EUA e da Otan têm 70 mil homens no país.

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