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Dois moradores de Chicago foram presos e acusados de planejar ataques a um jornal dinamarquês cujas charges sobre o profeta Maomé - incluindo uma na qual ele aparece com uma bomba no turbante - desencadearam protestos violentos de muçulmanos, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta terça-feira.

O jornal dinamarquês Jyllands-Posten publicou em setembro de 2005 as polêmicas charges de Maomé, fundador do islamismo, que foram subsequentemente republicadas por outros órgãos de imprensa. O fato provocou protestos que resultaram na morte de dezenas de pessoas.

As autoridades dos EUA acusaram o norte-americano David Headley, de 49 anos, de esboçar o plano de ataque ao jornal no fim de 2008 e disseram que ele escreveu em uma sala de discussão na Internet que se sentia "propenso à violência" por causa da publicação das charges.

Apelidando o esquema de "Projeto Mickey Mouse", Headley viajou duas vezes neste ano para a Dinamarca, onde visitou duas redações do jornal - em Copenhague e Arhus -, fazendo filmagens em vídeo e se apresentando como potencial anunciante em nome de uma empresa de Chicago, First World Immigration Services.

Essa empresa é de propriedade do canadense Tahawwur Hussain Rana, de 48 anos, que foi preso em 18 de outubro em sua casa em Chicago, acusado de conspiração por discutir alvos potenciais com Headley e ajudá-lo a fazer planos de viagem, afirmou o Departamento de Justiça.

Headley também viajou para o Paquistão, onde se encontrou com um líder de um grupo com vínculos com a Al Qaeda, Harakat-ul Jihad Islami, e se comunicou com membros do grupo militante Lashkar-e-Taiba sobre planos de atacar o jornal, disse o governo norte-americano.

O Departamento de Justiça dos EUA informou que não houve perigo iminente na área de Chicago e que as prisões não estavam relacionadas com outros casos recentes de terrorismo, incluindo um envolvendo um afegão preso no Colorado, Najibullah Zazi, por tramar a explosão de bombas nos EUA.

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