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Um avião teleguiado dos EUA disparou na quarta-feira um míssil contra um complexo do Taliban na região paquistanesa de Orakzai, matando 12 pessoas, segundo moradores e uma autoridade. Foi o primeiro bombardeio nessa área.

Na véspera, o líder do Taliban paquistanês, Baitullah Mehsud, reivindicou para o seu grupo o ataque contra um centro de treinamento de policiais em Lahore (leste), dizendo se tratar de uma retaliação pelos bombardeios dos aviões-robôs dos EUA.

Moradores da aldeia de Khadizai, na região da etnia pashtun, disseram que o míssil atingiu a sede de um comandante do Taliban leal a Mehsud, chamado Hakimullah Mehsud, e que 12 pessoas morreram.

Uma fonte de segurança, que pediu anonimato, confirmou o número de mortes e disse haver 13 outros feridos.

Hakimullah Mehsud supostamente não estava no local no momento do bombardeio, segundo outra fonte paquistanesa de inteligência.

Um membro do Taliban disse que o míssil atingira um "acampamento para convidados" em Orakzai, que fica perto da fronteira com o Afeganistão, mas não diretamente localizada na linha fronteiriça.

Os EUA intensificaram esse tipo de bombardeio a partir do ano passado, para tentar conter o apoio de militantes do lado paquistanês à insurgência islâmica no Afeganistão.

Desde então, mais de 30 bombardeios mataram cerca de 300 pessoas, inclusive dirigentes de médio escalão da Al Qaeda, de acordo com relatos de autoridades paquistanesas, moradores e militantes.

O Paquistão se opõe aos bombardeios. As autoridades locais dizem que, no último ano, um em cada seis ataques provoca apenas mortes de civis, e que isso alimenta o sentimento antiamericano na região, complicando as ações militares.

O governo local diz também que a concentração de ataques na região do Waziristão está levando alguns militantes a se deslocarem para o leste, ou seja, adentrando-se mais no território paquistanês.

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