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Bagdá – O Departamento de Defesa dos EUA anunciou ontem o envio de 57 mil soldados ao Iraque divididos em cinco brigadas de combate, que devem ser destacadas no início de 2007. Os destacamentos, que servirão para substituir tropas que deixarão o Iraque, devem manter o número de soldados americanos no país em cerca de 140 mil. O envio já havia sido informado por autoridades na semana passada, mas as unidades específicas só foram anunciadas ontem, para contrariedade da opinião pública que, nas eleições parlamentares do dia 7, deixou claro que desaprova a condução da ação militar no Iraque e que espera, urgentemente, uma redução das tropas que estão no Golfo Pérsico.

Graças ao descontentamento popular com as baixas e o custo da invasão americana, o Partido Democrata, de oposição, obteve maioria nas duas casas do parlamento dos EUA. O partido tem feito contínua pressão para que o número de soldados americanos no Iraque seja reduzido e para que o governo anuncie um cronograma para a retirada das tropas.

Segundo o departamento, o demissionário secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, autorizou o envio de 20 mil novos soldados baseados em quatros estados americanos e na Itália. Outros 10 mil soldados da reserva e 27 mil de outras brigadas também devem ser enviados ao país no próximo ano.

Ao menos uma das cinco brigadas de combate já passam por preparação no Centro Nacional de Treinamento da Califórnia. O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, disse também que 1.500 soldados da 218.ª Brigada de Combate da Guarda Nacional da Carolina do Sul serão enviados ao Afeganistão em 2007. De acordo com Whitman, os destacamentos refletem o "compromisso contínuo dos EUA em manter a segurança no Iraque". Em um comunicado, o Pentágono informou que, apesar do envio, as forças de segurança iraquianas continuarão a "desenvolver a capacidade de assumir a responsabilidade pela segurança no país".

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