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Crianças em um grupo de desabrigados da província de Nínive chegam à região de Sulaimaniya, no Iraque | Reuters
Crianças em um grupo de desabrigados da província de Nínive chegam à região de Sulaimaniya, no Iraque| Foto: Reuters

200 mil civis de Sinjar, no Iraque, reduto de uma minoria identificada como yazidi (uma comunidade religiosa curda), foram obrigados a deixar casas e escapar da região para proteger suas vidas. O Estado Islâmico considera os integrantes desse grupo como "adoradores do diabo" e ameaça dizimá-los sem hesitação.

Guerra, não

Obama citou na quinta-feira o risco de um genocídio no território sob poder do Estado Islâmico. Foi quando o presidente anunciou os ataques "para proteger os civis" em Arbil e Bagdá. O papa Francisco também se mostrou preocupado com a perseguição de cristãos na região e pediu ajuda internacional.

250 kg é o peso de cada uma das bombas usadas pelos caças dos EUA para bombardear o Iraque. Obama não fixou um limite de tempo para a ação no Oriente Médio e negou o risco de Washington se envolver em outro conflito árabe. Essa é a primeira intervenção do país no Iraque desde a saída das tropas americanas, em 2011.

Sem acordo

O Hamas já havia anunciado no Cairo que não aceitaria uma prolongação da trégua se Israel rejeitasse suas exigências, entre elas o levantamento do bloqueio imposto à Faixa de Gaza em 2006, que asfixia a economia local. Um membro do Hamas, que participa das negociações, declarou que Israel rejeitou levantar o bloqueio.

Pistorius

O julgamento do atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius terminou ontem e a juíza Thokoziel Masipa anunciou que divulgará o veredicto no dia 11 de setembro. O processo contra o atleta paralímpico terminou com a argumentação do advogado dele, Barry Roux, que tentou refutar a acusação de homicídio de Reeva Steenkamp, namorada de Pistorius. Na argumentação, Roux criticou aspectos da investigação.

Vaticano

Papa Francisco envia cardeal para apoiar cristãos iraquianos

O papa Francisco enviará ao Iraque o cardeal Fernando Filoni, antigo núncio em território iraquiano, para apoiar a população, em parte cristã, que foge diante do avanço dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), anunciou ontem o Vaticano.

O porta-voz do pontífice indicou que "diante da grave situação, o santo padre nomeou o cardeal Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, como seu enviado com o objetivo de expressar sua proximidade espiritual com as populações que sofrem e fornecer a solidariedade da Igreja".

Em uma breve declaração, Federico Lombardi indicou que o cardeal Filone viajará rapidamente, mas que a data e o itinerário eram analisados no momento.

O enviado de Francisco viajará ao Curdistão iraquiano, para onde se dirigem as pessoas deslocadas no norte do Iraque, segundo Lombardi.

"Está previsto que também forneça uma ajuda da parte do santo padre" aos refugiados, disse o porta-voz, ressaltando que o papa Francisco respondia, assim, ao apelo lançado na véspera pela comunidade internacional para ajudar as comunidades cristãs e yazidis deslocadas, entre outras.

Os Estados Unidos se envolveram diretamente no Iraque pela primeira vez desde a retirada de suas tropas em 2011, bombardeando ontem posições jihadistas que ameaçam o Curdistão iraquiano e milhares de cristãos e yazidis.

Dois caças bombardeiros americanos lançaram bombas de 250 kg sobre uma peça de artilharia móvel do Estado Islâmico (EI), que tinha como alvo as forças curdas em Arbil, anunciou o porta-voz do Pentágono, o almirante John Kirby.

O chefe do exército iraquiano, Babaker Zebari, afirmou que apoio aéreo permitiria "enormes mudanças no terreno nas próximas horas".

"Os oficiais do exército iraquiano, os peshmerga [curdos] e especialistas americanos estão trabalhando em conjunto para identificar alvos", explicou, também citando ataques americanos na região de Sinjar, a oeste de Mossul, e operações previstas "contra cidades controlada pelo EI".

Por sua vez, a ONU está trabalhando para criar "corredores humanitários" no norte do Iraque, para permitir assim a retirada dos civis em risco.

Já a França se disse pronta para desempenhar o seu papel na assistência às vítimas civis dos "abusos intoleráveis" do EI, enquanto o Reino Unido anunciou o lançamento de alimentos nas próximas 48 horas.

Desde domingo, dezenas de milhares de pessoas fugiram ante o avanço dos jihadistas, que estão a apenas 40 km de Arbil, capital da região autônoma do Curdistão, um aliado de Washington.

No início da semana, a tomada de Sinjar, reduto da minoria yazidi, considerada pelos jihadistas como "adoradores do diabo", já havia provocado o deslocamento de 200 mil civis, segundo a ONU.

Alguns fugiram para o Curdistão ou Turquia, mas milhares de outros estão presos nas montanhas desérticas ao redor, onde estão expostos à fome e à sede, além da ameaça dos jihadistas, conhecidos por sua crueldade.

A ofensiva do EI contra os yazidis e cristãos "mostra todos os sinais de um genocídio", declarou ontem o secretário de Estado americano, John Kerry, em uma visita a Cabul.

Citando "uma crise humanitária que requer coragem" e o risco de uma nova onda de violência ainda mais mortal, o diplomata explicou que os EUA tinham "decidido salvar essas vidas".

Combates recomeçam na Faixa de Gaza

AFP

A ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, retomada após o lançamento de foguetes contra seu território, matou ontem cinco palestinos, incluindo um menino de 10 anos, pouco depois do fim de uma trégua que Israel e os palestinos não entraram em acordo para prorrogar.

O exército israelense informou durante a manhã ter atacado instalações terroristas na Faixa de Gaza, em resposta ao lançamento de foguetes a partir do território palestino contra Israel, embora tenha informado que até o momento não mobilizou tropas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou ontem uma resposta contundente aos novos ataques do movimento islamita palestino Hamas.

Tel Aviv registrou o lançamento de 35 foguetes contra seu território depois do fim da trégua, às 8 h de ontem (2 h de Brasília), e interceptou um deles em Ashkelon. Um soldado e um civil israelenses ficaram levemente feridos por um foguete no sul de Israel.

Ontem, milhares de moradores começaram a fugir de suas casas do leste da cidade de Gaza diante do temor de novos bombardeios israelenses. A ofensiva israelense Margem Protetora, lançada no dia 8 de julho para deter o lançamento de foguetes por parte do Hamas e destruir sua rede de túneis, matou quase 1.950 palestinos, entre eles 430 crianças, segundo o ministério da Saúde palestino. Segundo as Nações Unidas, 73% dos mortos são civis (e centenas de crianças).

Além disso, 64 soldados israelenses morreram e os foguetes lançados de Gaza mataram três civis em território israelense.

Antes da expiração da trégua, o Hamas e seus aliados da Jihad Islâmica rejeitaram uma eventual prolongação do cessar-fogo. No entanto, segundo o líder dos negociadores palestinos no Cairo, eles continuam dispostos a negociar uma trégua na Faixa de Gaza.

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