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Diplomatas norte-americanos mantiveram contato nesta segunda-feira com parentes de presos políticos cubanos que relutam em se exilar na Espanha, no primeiro envolvimento visível de Washington com o processo de libertação de dissidentes na ilha.

Segundo relato de pessoas envolvidas, os Estados Unidos estariam dispostos a conceder asilo a alguns dos 52 opositores que começaram a ser soltos na semana passada, por intermediação da Igreja Católica. Cerca de 15 deles se negam a emigrar para a Espanha, o que era uma das condições previstas para a libertação.

Parentes de presos desse grupo disseram que a Seção de Interesses dos Estados Unidos em Havana, que faz as vezes de embaixada devido à falta de relações diplomáticas formais, convocou uma reunião para a terça-feira, mas o encontro foi suspenso por falta de local adequado.

Alejandrina García, mulher de Diosdado González, que cumpre pena de 20 anos de prisão, disse que um funcionário do governo norte-americano lhe comunicou que nos próximos dias será procurada para uma reunião individual.

"Parece que se mal-interpretou alguma coisa, que se armou muita confusão", disse a mulher por telefone à Reuters. "O interesse em se reunir conosco ainda está vigente."

Diplomatas dos Estados Unidos não foram imediatamente localizados para comentar.

Não está claro se essa abordagem tem aval das autoridades cubanas, que acusam os norte-americanos de financiarem os dissidentes para derrubar o regime comunista.

Até agora, 11 dissidentes de um total de 75 detidos numa onda repressiva em 2003 já deixaram as prisões e voaram para Madri. Outros nove devem fazer o mesmo nas próximas horas, segundo o chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos.

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse que o compromisso do presidente Raúl Castro de libertar nos próximos meses um terço dos dissidentes presos é um "sinal positivo."

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