Nem os mais céticos, e eles são a maioria, esperavam que a retomada das negociações entre israelenses e palestinos começasse a naufragar tão cedo.
Ontem, depois do anúncio de que Israel vai construir mais 1.600 casas em Jerusalém Oriental, a liderança palestina ameaçou abortar o diálogo antes mesmo do seu início.
O constrangimento se estendeu aos EUA, cujo vice-presidente, Joe Biden, iniciava seu segundo dia de visita a Israel enquanto um comunicado do Ministério do Interior israelense, informava sobre as novas construções na véspera, já fora feito o anúncio da construção de 112 novos apartamentos na Cisjordânia, contrariando congelamento de nove meses anunciado em novembro por Israel após pressão dos EUA.
Biden, que passou a segunda-feira em Jerusalém trocando abraços e declarações calorosos com líderes de Israel, terminou o dia de ontem criticando o país.
Para Biden, o anúncio israelense "é exatamente o tipo de passo que abala a confiança necessária para que o processo de paz tenha avanços. "Precisamos de uma atmosfera para apoiar as negociações, não complica-las, disse.
O governo de Israel afirma que as 1.600 unidades habitacionais que serão construídas num bairro de população judia ortodoxa em Jerusalém Oriental, que os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado, fazem parte de um projeto iniciado há três anos, e que o anúncio nada tem a ver com a visita de Biden.
Nabil Abu-Rudeina, porta-voz da Autoridade Nacional Palestina (ANP), disse que o anúncio israelense é "uma decisão perigosa, que irá torpedear as negociações e levar os esforços americanos ao completo fracasso".
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